Para Bolsonaro, os incêndios recentemente ocorridos na Amazônia podem ser usados para prejudicar o agroneócio do Brasil. Em live postada em suas redes sociais, o presidente disse que o governo estava buscando solucionar o problema, e pediu para quem morasse na região ajudasse a denunciar possíveis responsáveis pelas queimadas.
“Alguns países aproveitam o momento para potencializar as críticas contra o Brasil para prejudicar o agronegócio, nossa economia, recolocar o Brasil numa posição subalterna”, disse o presidente. Bolsonaro criticou ainda certos estrangeiros que estão “se metendo” no assunto. “Um país agora, sem dizer o nome aqui, falou da ‘nossa Amazônia’, teve a desfaçatez de falar ‘a nossa Amazônia’, está interessado em um dia ter um espaço aqui na nossa Amazônia para ele”, afirmou, muito provavelmente referindo-se ao presidente francês Emmanuel Macron.
Após o fim da live, o presidente Bolsonaro elaborou uma postagem direcionada à Macron em seu Twitter.
“Lamento que o presidente Macron busque instrumentalizar uma questão interna do Brasil e de outros países amazônicos para ganhos políticos pessoais. O tom sensacionalista com que se refere à Amazônia (apelando até p/ fotos falsas) não contribui em nada para a solução do problema. O Governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados objetivos e no respeito mútuo. A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI”, escreveu.
No Twitter, Macron ousou de chamar a Amazônia de “nossa casa”, e convocou uma reunião no G7 para tratar do tema. “Nossa casa está queimando. Literalmente. A floresta amazônica , pulmão que produz 20% do oxigênio do nosso planeta, está em chamas. Isso é uma crise internacional. Membros do G7, vamos discutir essa emergência de primeira ordem em dois dias”, tuitou.
O próximo encontro do G7 ocorrerá neste final de semana em Biarritz, França, e contará com os presidentes de EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão.