A Prefeitura de Curitiba e a Renault do Brasil terão uma parceria envolvendo carros elétricos na cidade. O prefeito Rafael Greca e o presidente da montadora no país, Ricardo Gondo, se reuniram com suas equipes na manhã desta quarta-feira (31/7) na sede da empresa, em São José dos Pinhais, para tratar do assunto.
A intenção é viabilizar a criação de uma rede de car sharing (aluguel de carros compartilhados) elétricos na cidade.
“Acertamos o planejamento para Curitiba adotar uma rede de carros elétricos compartilhados para circular entre terminais e o centro da cidade, entre restaurantes e hotéis e para os funcionários da Prefeitura", disse o prefeito.
Greca disse ainda que irá buscar financiamento para estabelecer uma frota de taxis elétricos na cidade.
“O carro elétrico é o futuro e Curitiba quer abrir as portas para futuro”, acrescentou.
A intenção é que a parceria possa ser assinada até o fim do ano. A Renault é líder na venda de carros elétricos no Brasil e na Europa, onde tem uma estrutura consolidada de car sharing, com mais de 6 mil operações. Em Madri, na Espanha, a Renault atua por meio da joint venture Ferrovial Renault, empresa que tem uma frota de 650 veículos elétricos compartilhados.
Durante a reunião, a Renault e a Prefeitura de Curitiba acertaram a doação de dois veículos elétricos Zoe da montadora francesa para testes na Prefeitura, que serão usados pela Urbs e a Agência Curitiba.
Como funciona
O modelo de car sharing estabelece o aluguel do carro elétrico e a contratação do serviço se dá por meio de um aplicativo no celular. O usuário utiliza o veículo apenas pelo tempo necessário e depois o devolve. É possível, dentro da área de abrangência do serviço, pegar o veículo em um ponto e devolver em outra área da cidade, em um sistema similar ao dos aplicativos de patinetes e bicicletas. O pagamento é feito por minuto e inclui todos os serviços.
Estima-se que pelo menos 5 milhões de pessoas no mundo já utilizam esse sistema, segundo dados compilados pelo World Resources Institute (WRI).
Para as cidades, o principal benefício é a diminuição na frota de veículos particulares rodando nas vias, o que ajuda a reduzir o fluxo de trânsito. Uma estimativa da montadora é que a cada carro elétrico compartilhado é possível evitar o lançamento de 15 toneladas de CO2, o que equivale à poluição gerada por nove carros a combustão por ano.
“Curitiba sempre esteve um passo a frente em termos de mobilidade. Essa parceria é um marco no desenvolvimento do uso do carro elétrico na cidade”, disse o presidente da Renault, Ricardo Gondo.
A intenção é que o projeto seja implantado em três etapas – 2020, 2022 e 2025 – até abranger 550 veículos elétricos compartilhados e uma área de 95 quilômetros quadrados. O modelo de car sharing deve começar pelo centro da cidade.
A Prefeitura e a Renault farão reuniões semanais de trabalho para detalhamento técnico para determinar, por exemplo, as áreas de estacionamento, de eletropostos para recarga da bateria, faixas de circulação e o funcionamento dos serviços de transferência, carregamento e limpeza dos veículos. Em Curitiba já há eletropostos em alguns shoppings, postos de combustíveis e supermercados. A autonomia da bateria é de até 300 quilômetros.
Estiveram presentes na reunião o presidente do Ippuc e secretário de governo, Luiz Fernando Jamur, a presidente da Agência Curitiba, Cris Alessi; o presidente da URBS, Ogeny Pedro Maia Neto. Pela Renault: Caíque Ferreira, diretor de comunicação; Ricardo Mendes, diretor geral de Transformação e Negócios; Marcos Aguiar, diretor de relações institucionais e governamentais; Carlos de Paula, coordenador de relações institucionais e governamentais; Silvia Barcik, gerente de novas mobilidades; e Zazula Márcia, secretária técnica.