O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, disse nesta terça-feira (02) no Rio de Janeiro que facções do tráfico de drogas e milicianos são ‘criminalidade grave’ que tem que ser combatida.
“Não há nenhuma dúvida de que essas milícias são organizações criminosas. Pra mim, Comando Vermelho, PCC e milícias, pra mim é tudo a mesma coisa. É tudo a mesma coisa. Muda um pouco o perfil do criminoso, mas mesmo assim estamos falando de criminalidade grave e que tem que ser combatida”, disse o ministro.
O ministro Moro, que participou de evento de empresas que atuam na área de segurança, ainda disse que há particularidades no combate às organizações criminosas do Rio de Janeiro.
“A grande dificuldade em relação a algumas dessas organizações, especialmente aqui no Rio de Janeiro, é que existe aliado à organização criminosa um controle territorial. Isso é realmente um desafio grande, não é um desafio de hoje, já se foi tentado no passado algumas soluções, mas pra mim parece óbvio haver a necessidade de se fazer uma concertação de políticas de segurança, com políticas urbanísticas e políticas sociais”, afirmou.
Ele ainda reiterou a importância da reforma da Previdência, afirmando que sem ela pode faltar recursos para a segurança pública, saúde e educação.
“Eu tenho plena confiança que com diálogo, com exposição aos parlamentares, dos projetos, tanto da nova previdência, porque ela é necessária, nós precisamos equalizar as regras da previdência e nós temos um problema fiscal a ser enfrentado. Se não, vão faltar recursos segurança pública, pra educação, pra saúde. E o projeto anticrime também é importante porque ele enfrenta questões pontuais da segurança e da Justiça que precisam ser resolvidas. A questão, por exemplo, de deixar claro na lei a execução da pena em segunda instância. Acho que com diálogo, eu tenho confiança que em mais ou menos tempo, com eventuais modificações ou até aprimoramentos, o governo vai conseguir aprovar esse projeto no Congresso”.
O ministro ainda comentou sobre o uso de snipers pelo estado do Rio para abater criminosos portando fuzil. “Eu não estou familiarizado, exatamente, com essa questão [do uso de atiradores de elite no RJ] e precisaria entender melhor ao que ele está se referindo. Fato é que um policial não precisa esperar levar um tiro de fuzil pra reagir. Tem que ver em quais circunstâncias se teria essa autorização para um tiro à distância”, disse Moro.
Informações do G1.