Um show organizado pelo magnata britânico Richard Branson, do grupo Virgin, reuniu na sexta-feira, 22, cerca de 200 mil pessoas em Cúcuta, cidade colombiana na fronteira com a Venezuela. O evento, chamado de "Venezuela Aid Live", planeja arrecadar US$ 100 milhões em 60 dias, que serão usados para amenizar a crise humanitária dos venezuelanos.
Branson, em discurso, agradeceu a presença do público e afirmou: “A música é a linguagem universal que conecta a cultura e rompe as diferenças. Quando a gente compartilha uma música, há uma festa e também esperança. Estou agradecido por esse grupo de artistas, que doou tempo e talento para que esse esforço se tornasse realidade“.
Enquanto subiam ao palco, os artistas faziam um discurso pedindo a Venezuela livre. "Chega de ditadura", afirmou o cantor venezuelano José Luis Rodríguez, conhecido como "El Puma", que agradeceu Juan Guaidó, líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela. "Que o sangue derramado não seja em vão."
O show contou, também, com a presença de Juan Guaidó, presidente autoproclamado da Venezuela, que pretende liderar o transporte de insumos básicos em auxílio ao povo venezuelano pelo lado colombiano. Com auxílio de militares venezuelanos de baixa patente, Guaidó conseguiu entrar na Colômbia e prosseguir com a missão de transportar ajuda humanitária a Venezuela.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, após reunião com os chefes de poder, deve realizar o mesmo ato em auxílio ao povo venezuelano. Bolsonaro descarta “ação agressiva” contra as forças de Maduro e a equipe da presidência não confirmou a presença de posicionamento de mísseis por Maduro. O objetivo da ação militar, segundo o governo, é “exclusivamente humanitário”. Destaca o porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros, que não há avaliações de combate: “Nós não conjecturamos poder de combate“, declara.
Maduro declarou que não permitirá a passagem dos carregamentos de ajuda humanitária por considerar uma intervenção militar americana na Venezuela.