Há ruas, alamedas e avenidas que revelam um lado mais “descolado” de Curitiba. Com bares, brechós, lojas, cafés, coletivos e casas noturnas, esses endereços merecem ser explorados por moradores e turistas por reunirem locais que caíram nas graças de jovens antenados e apaixonados por boa gastronomia, cultura, movimentos colaborativos, moda autoral e bicicletas.
“Curitiba tem se transformado e vem ganhando novos empreendimentos criativos por toda a cidade. Com clima meio Brooklyn, meio Berlim, muitas dessas vias têm um cenário inspirador, inclusive, com criativos grafites adornando muros e prédios”, destaca Tatiana Turra, presidente do Instituto Municipal de Turismo.
Cinco endereços descolados de Curitiba
Prudente de Moraes interativa
A Alameda Prudente de Moraes, no Centro, é repleta de charmosos estabelecimentos, como os restaurantes Il Barbuto (número1.227), Campania (1.265) e Veg e Lev (1.218); a sorveteria L’Arte di Gelato (1.281); o Janela Bar (1.295); as lojas de decoração Ôda Design Club (1.239) e Uzzo (1.201); e a menor cafeteria da cidade, The Coffee (1.227), com três metros quadrados de área. Mas a grande novidade é que, desde o ano passado, a via ganhou tecnologias para promover a “conversa” do comércio local com as pessoas que circulam pela rua. Minúsculos dispositivos (beacons) transmitem para smartphones, via Bluetooth, informações sobre serviços existentes na Prudente de Moraes.
São Francisco histórica
A “Sanfra”, como muitos millenials chamam a Rua São Francisco, no Centro Histórico, reúne locais mais tradicionais, como o clássico Bar do Alemão e o restaurante Nonna Giovanna (134); e endereços mais descolados como Jokers (164), Verdant e Bar do Fogo (148). Além disso, de uma ponta a outra da São Francisco, marcos da paisagem urbana mostram as várias faces de Curitiba, como o Relógio das Flores, a Fonte da Memória (a escultura de cavalo), a Praça de Bolso do Ciclista e as Ruínas que levam o nome da via.
Trajano Reis boêmia e revitalizada
Na Rua Trajano Reis, também no Centro Histórico, o vai-e-vem ocorre entre espaços como Senhor Garibaldi (36), Sirène (150), Bar Barateza (722), Vila Bambu (58) e Brooklyn Coffee Shop (389), bem como em brechós; lojas de moda autoral, como a Novo Louvre (36), e achados, como a loja de calçados com numeração “fora do padrão” Aquelino Masiero (80). Em 2017, a via passou por uma grande revitalização da Prefeitura. As antigas calçadas de lousa de granito foram reconstruídas em concreto usinado e ganharam rampas de acessibilidade. O paisagismo da Trajano também foi revitalizado, recebendo canteiros com arborização e bancos de madeira.
Vicente Machado para todos
A cena gastronômica e de badalação da Avenida Vicente Machado é agitada. A via do Batel reúne bares e restaurantes dos mais variados estilos. A maioria dos locais fica entre as ruas Coronel Dulcídio e Desembargador Motta e a Vicente Machado fica lotada, principalmente, de quarta a domingo. Por lá, há opções tanto para quem curte ficar de pé e circular entre os bares como também para quem não dispensa um restaurante com ambiente tradicional. Entre as opções de estabelecimentos, destaque para o Juker Bar (865), +55 (866), Roots (855), Aurora Bar, Pizza (787) e Arad Tailor Bar (664).
Júlia da Costa redescoberta
Suas árvores são um convite para explorá-la mesmo em um dia de muito sol e, à noite, a vegetação cria um cenário de mistério com a luz difusa e o paralelepípedo da via. No trecho da Alameda Júlia da Costa entre os bairros São Francisco e Mercês o que não faltam são coletivos, bares, brechós e restaurantes. Um dos destaques é a Casa 102, coletivo que integra ateliês de estilista e designers curitibanos e faz de Curitiba referência na moda sustentável. O espaço reúne ainda coworking, encontros culturais, bazares, oficinas e empreendedorismo criativo. Outros locais que merecem ser visitados são a pizzaria Central do Abacaxi (474); o restaurante de comida síria Al Sababa (234); os bares Soy Latino (93B), Espaço da Zé (93A) e O Pensador; e a tradicional casa de chá The Kettle.