Nesta semana de celebração dos 110 anos da Imigração Japonesa ao Brasil, o prefeito Rafael Greca entrega a Curitiba o novo espaço Tomie Ohtake, integrado ao conjunto da Praça do Japão. Uma escultura vermelha com 7 metros de altura, estruturada em aço, feita pela “dama das artes plásticas brasileira” será o marco na paisagem urbana de mais uma homenagem da cidade à comunidade nipônica curitibana e paranaense.
“Brasileira por adoção, Tomie Ohtake tem fortes laços com a nossa cidade. Ao homenageá-la Curitiba reforça laços de irmandade com Himeji e valoriza comunidade nipônica da terra dos pinheirais”, diz o prefeito.
O arquiteto e designer Ricardo Ohtake, filho da artista e diretor do Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, deverá acompanhar o prefeito no evento de implantação da escultura, nesta quinta-feira (19/7), às 9 horas.
Representantes
Também estarão presentes autoridades japonesas da cidade de Himeji e da Província de Hyogo, respectivamente cidade-irmã de Curitiba e província-irmã do estado do Paraná. E ainda representantes da cidade de Nishinomiya (irmã de Londrina) que compõem a comitiva que visita o estado como parte das celebrações do aniversário de imigração.
Esta será a segunda obra pública de Tomie implantada em Curitiba. Outra escultura, com 11 metros de altura, está instalada no Museu Municipal de Arte (MuMA) – Portão Cultural. A obra foi criada especialmente para Curitiba, em 1996, na primeira gestão do prefeito Rafael Greca, para celebrar o centenário de amizade Brasil-Japão.
Tomie
Tomie Ohtake (1913-2016) chegou ao Brasil em 1936, aos 23 anos, mas só começou sua carreira artística quase aos 40 anos de idade, construindo uma trajetória como poucos artistas conseguiram. Ela recebeu 28 prêmios, participou de 20 bienais nacionais e internacionais e mais 120 exposições ao redor do mundo.
Irmandade
Curitiba e Himeji são cidades irmãs há 34 anos, tendo sido o protocolo firmado pela lei 6.484/1984. A relação de irmandade entre o estado do Paraná e a Província de Hyogo data de agosto de 1970 (há 48 anos). Outros municípios paranaenses também têm tratados de irmandade com cidades japonesas: Londrina é cidade-irmã de Nishinomiya; Maringá, de Kakogawa e Awaji-shi, de Paranaguá.
Foi em 18 de junho de 1908 que o navio Kasato Maru atracou em Santos com os primeiros 781 imigrantes japoneses. O Brasil tem a maior população de origem japonesa fora do Japão. São cerca de 1,5 milhão de pessoas. O Paraná tem a segunda maior colônia de descendentes de japoneses do Brasil, atrás apenas do estado de São Paulo.