O esforço concentrado da Prefeitura para levar pessoas em situação de rua para unidades de acolhimento fez com que 86 das 150 pessoas abordadas na noite de segunda e madrugada de terça (9 e 10 /7) dormissem em camas limpas e quentes das unidades de acolhimento da Fundação de Ação Social (FAS). Nos locais, todas puderam tomar banho, receber roupas limpas e se alimentar.
Foi a primeira noite de inverno rigoroso de julho. A ação se repetirá na noite desta quarta-feira (11/7) e sempre que a temperatura for igual ou menor que 9°C. Na madrugada de segunda para terça-feira a temperatura na capital chegou a 4°C, cifra que deve se repetir de terça para quarta.
Segundo a gerente de Abordagem da Fundação de Ação Social (FAS), educadora social Vanessa Resquetti, que acompanhou o trabalho, duas pessoas apresentaram problemas de saúde e foram levadas para as unidades de pronto-atendimento (UPA) do Fazendinha e do Cajuru por ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Uma estava com muito frio e outra havia ingerido álcool”, explicou.
De acordo com a coordenadora do serviço, o número de encaminhamentos só não foi maior porque 64 pessoas recusaram vaga nas unidades de acolhimento, apesar da insistência das equipes. “Em geral, a recusa partiu de grupos grandes de pessoas em situação de rua que tinham colchões, cobertores, já tinham recebido alimentação de voluntários de organizações não-governamentais e estavam ao abrigo do sereno”, explicou.
Sobram vagas
Quem optou por passar a noite fora das ruas foi levado para as casas de passagem Jardim Botânico, Rebouças, Bairro Novo ou Plínio Tourinho. Juntas elas somam 520 das 907 vagas existentes nas 12 unidades oficiais de acolhimento do município para a população em situação de rua. Caso essas vagas fossem insuficientes, as pessoas seriam levadas a uma das seis unidades conveniadas à Prefeitura e que oferecem 281 vagas.
Trabalharam na intensificada da Ação Inverno da FAS sete equipes macrorregionais, das 18h às 23h. Elas deram suporte ao Centro de Abordagem Social, que atende às demandas de toda a cidade 24 horas por dia.
Foram 14 educadores sociais distribuídos em sete kombis. Uma dupla de técnicos por veículo percorreu as administrações regionais Santa Felicidade e CIC, Pinheirinho e Tatuquara, Cajuru e Boa Vista e Bairro Novo e Boqueirão. Por concentrarem maior número de pessoas em condição de rua, as regionais Matriz e Portão contaram com equipes exclusivas.