Dois homens, 22 e 25 anos, suspeitos de serem os autores da chacina do Capão Raso, que vitimou duas pessoas e deixou oito feridas em agosto de 2017, foram presos pela Polícia Civil no último sábado, (16/06) em Balneário Camboriú (SC). A polícia ainda procura um outro homem, de 30 anos, que também teria participação no crime. A ação foi realizada pela Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).
Segundo informações levantadas, os dois suspeitos presos tinham alugado um apartamento de luxo localizado no Centro de Camboriú e estavam usando documentos falsos. O terceiro estaria escondido no balneário vizinho, Itapema, mas não foi encontrado pela polícia e continua foragido.
“A motivação desse crime foi uma vingança na briga pelo ponto de venda de drogas. O alvo dos três na ocasião era um traficante, que não morreu na chacina mas teria reconhecido os suspeitos. Esse mesmo homem acabou morto por ex-parceiros após deixar o hospital”, explica o delegado-titular 3ª delegacia de Homicídios”, Osmar Feijó.
Na época da chacina, a polícia encontrou um veículo que era de posse de um dos homens presos. O carro tinha marcas de tiros no vidro, máscaras balaclava e diversas impressões digitais que possibilitaram que a investigação chegasse até os suspeitos. Além disso, os celulares de todos os envolvidos foram rastreados, o que possibilitou o pedido de prisão preventiva deles.
No apartamento, os policiais encontraram um pequena quantidade de maconha e os documentos falsos usados pelos suspeitos. Na delegacia, um deles confirmou que era dono do carro encontrado na época do crime, mas que teria vendido o veículo. Ele também admitiu que estava presente no dia do crime, mas negou ser o autor dos disparos.
“Os dois confirmaram que fugiram e também admitiram usar os documentos falsos. Mesmo com os celulares rastreados pela polícia, que confirmam a participação deles na chacina, eles negam o crime”, afirmou Feijó.
A dupla responderá pelos crimes de homicídio tentado, homicídio qualificado e associação criminosa em Curitiba. Em Santa Catarina eles responderão por posse e uso de drogas e falsificação de documento público. Ambos aguardam à disposição da Justiça.