Franquia aposta em produto artesanal, branding consistente e expansão estruturada para conquistar o Brasil

XV Curitiba
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A SOFT Ice Cream investe em experiência, comunidade e inovação para fortalecer posicionamento no mercado nacional

 Criada em Curitiba em 2020, a SOFT Ice Cream consolidou sua presença no setor ao unir sorvetes artesanais produzidos na hora, ingredientes frescos e receitas próprias. Em menos de cinco anos, a empresa alcançou R$ 13 milhões em faturamento acumulado, sendo R$ 8 milhões somente em 2025. Idealizada por Matheus Krauze, terceiro na geração da família responsável pela tradicional sorveteria Dvicz, a marca foi estruturada para crescer sem perder a essência artesanal.

A operação da SOFT combina produto artesanal, máquinas e logística otimizada. A tecnologia desenvolvida internamente permite transformar a calda artesanal em sorvete no momento do consumo, garantindo frescor e textura. A logística da rede transporta a calda ainda seca, ampliando a validade, reduzindo perdas e facilitando a expansão em um setor que enfrenta desafios com transporte refrigerado. “Queremos que cada cliente tenha a sensação de provar, pela primeira vez, um sorvete de casquinha de verdade. É mais do que um produto, o sorvete da SOFT é uma experiência gastronômica acessível”, afirma Krauze.

A força da marca também está no posicionamento. O branding foi desenvolvido para criar desejo, reconhecimento e identidade, estimulando conexão emocional com o público. Textura, frescor e estética fazem parte do universo da SOFT, que constrói uma comunidade ativa por meio do marketing de comunidade. Cada foto, repost ou comentário reforça a identidade visual e conceitual da marca. Esse engajamento é resultado de comunicação consistente e de um produto que desperta interesse e compartilhamento espontâneo.

O cardápio aposta em um menu compacto, que facilita padronização e qualidade. Entre os sabores fixos estão pistache, caramelo salgado, frutas vermelhas e iogurte, além de criações especiais como Dubai Bueno — pistache, pasta de avelã, kataifi e nuts caramelizadas — e BisCrush — caramelo salgado, calda de cookies com especiarias, farofa de bolacha e Biscoff. A casquinha, desenvolvida pela própria marca, permanece como carro-chefe. “Criamos uma receita autoral porque queríamos manter o padrão artesanal em cada detalhe. Mesmo com a expansão, a essência da SOFT permanece intacta”, destaca Krauze.

Além dos sabores fixos, a marca trabalha com a dinâmica do “troca-troca”, que traz rotações sazonais e resgata sabores especiais ao longo do ano. Entre os mais pedidos está o Frutas Amarelas, frequentemente reinserido no cardápio por demanda dos consumidores. Essa estratégia mantém a experiência renovada e reforça o caráter criativo da SOFT. A marca segue atenta ao comportamento do consumidor, que busca novidades, exclusividade e experiências compartilháveis. A SOFT investe em collabs, edições limitadas e combinações temáticas que costumam ganhar repercussão nas redes sociais. “A construção da SOFT vai muito além do sorvete. É criar um universo onde produto, comunicação e experiência estão alinhados, fazendo com que as pessoas queiram participar, voltar e trazer outras com elas. É assim que uma marca vira hábito e passa a fazer parte da rotina”, afirma Matheus Krauze, fundador da rede.

Perspectivas para 2026: expansão e consolidação nacional

A SOFT projeta um 2026 mais robusto, com previsão de abrir 30 novas unidades, ultrapassar 10 estados brasileiros e registrar crescimento estimado de 150%. Para Krauze, o segmento de sobremesas premium deve continuar em expansão, impulsionado pela valorização do artesanal, pelo interesse por experiências gastronômicas e pela ascensão de marcas regionais com propósito claro. “O modelo de consumo mudou. Hoje, as pessoas prezam pela experiência e pela qualidade, e vamos continuar entregando exatamente isso”, conclui o empresário.

 

 

 

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