A noite desta quarta-feira (4) marca a aparição da última superlua de 2025, um fenômeno que costuma atrair a atenção de observadores do céu por realçar o brilho e o tamanho aparente do satélite natural da Terra. No entanto, em Curitiba, as condições meteorológicas podem impedir que o público acompanhe o espetáculo.
A superlua ocorre quando a Lua atinge a fase cheia no momento em que está mais próxima da Terra, o que faz com que pareça maior e mais luminosa. Embora o termo ainda gere discussões na comunidade astronômica — há quem considere superlua sempre que o satélite está a 360 mil quilômetros ou menos do planeta, enquanto outros defendem que o fenômeno só se aplica quando a lua cheia acontece próxima ao perigeu — a expressão se popularizou e passou a ser usada como forma de aproximar o público da astronomia. Especialistas lembram que a Lua atinge o perigeu em todas as suas fases, mas nem sempre isso coincide com o momento da lua cheia, motivo pelo qual apenas algumas ocasiões recebem destaque.
Para quem esperava registrar imagens especiais nesta noite, a previsão não é animadora. Segundo o meteorologista Diulio Patrick, do Simepar, a circulação de ventos do oceano em direção ao continente, intensificada por um sistema de alta pressão atmosférica, deve aumentar a nebulosidade sobre o Leste do Paraná. Esse padrão atinge diretamente Curitiba e o Litoral, regiões onde o céu tende a permanecer fechado ao longo da noite. Patrick destaca que há também possibilidade de chuviscos ocasionais, o que reduz ainda mais as chances de observação do fenômeno.
A combinação entre o interesse popular e a raridade relativa das superluas costuma movimentar parques, mirantes e espaços públicos. No entanto, com a previsão de céu encoberto, o público curitibano pode ter de esperar por condições mais favoráveis em futuras aparições. Mesmo assim, o fenômeno reforça a curiosidade sobre os ciclos da Lua e a maneira como eles influenciam a observação astronômica ao longo do ano.
