Inflação recua em Curitiba em outubro

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Curitiba e Região Metropolitana registraram deflação de 0,02% em outubro, enquanto o IPCA nacional avançou 0,09% no mesmo período. Mesmo com o recuo mensal, a inflação segue resistente: em 12 meses, acumula 4,59% na capital paranaense e 4,68% no Brasil, mantendo-se acima do limite superior da meta de 4,50% pelo sexto mês consecutivo. Segundo o Boletim da Inflação, elaborado pela Fecomércio PR, o comportamento dos preços reforça um cenário de variações intensas, especialmente entre alimentos in natura.

“A inflação oficial deve permanecer acima do limite de 4,50% em 2025, mas com perspectivas de desaceleração”, avalia o assessor econômico da Fecomércio PR, Lucas Dezordi.

Variação mensal

Os alimentos foram os itens que mais pressionaram o orçamento das famílias em outubro. Entre as maiores altas em Curitiba e RMC estão banana d’água (+14,31%), batata-inglesa (+8,33%), tomate (+7,24%) e laranja-pera (+7,09%). Também registraram aumentos o óleo de soja (+4,78%), chocolate (+4,18%) e pacote turístico (+4,38%).

No sentido contrário, a deflação do mês foi favorecida por quedas significativas em alimentos e itens essenciais. Destacam-se repolho (-9,90%), melão (-7,63%), manga (-6,17%), melancia (-4,57%), leite longa vida (-3,96%), pepino (-3,67%) e frango inteiro (-3,38%).

A energia elétrica residencial recuou 4,17%, o que contribuiu de forma relevante para o resultado de outubro. “A deflação da energia elétrica residencial ajudou a queda do IPCA de outubro e tende a se intensificar nos próximos meses”, detalha Dezordi.

Variações acumuladas no ano

De janeiro a outubro, alguns alimentos apresentam altas expressivas, como café (+37,56%), pepino (+35,20%), manga (+28,19%), cenoura (+26,76%), melão (+26,54%) e chocolate (+25,97%).

Por outro lado, produtos essenciais registram quedas importantes no mesmo período: feijão (-36,26%), arroz (-26%), laranja-pera (-23,40%), cebola (-20,09%) e batata-inglesa (-17,18%).

“O Boletim da Inflação reforça que, apesar do alívio pontual em outubro, as variações nos alimentos seguem influenciando o custo de vida das famílias paranaenses”, avalia o assessor econômico da Fecomércio PR.

 

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