Um tornado de grandes proporções atingiu o Paraná na sexta-feira (7) e se tornou um dos mais letais registrados no Brasil nos últimos anos. O fenômeno deixou ao menos seis mortos, incluindo uma adolescente de 14 anos, e mais de 750 pessoas feridas. O município de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do estado, foi a área mais devastada, com cerca de 90% das casas e comércios destruídos, segundo o governo estadual.
A força do tornado transformou o cenário da cidade, que amanheceu coberta por destroços, estruturas colapsadas e ruas intransitáveis. Imagens aéreas mostram bairros inteiros destruídos. O governo do Paraná decretou estado de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu na manhã deste sábado (8), medida que permite a liberação imediata de recursos e o reforço no atendimento emergencial às famílias atingidas. O governador Ratinho Junior acompanha as ações de apoio, junto à Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e equipes estaduais.
O governo federal também mobilizou ajuda humanitária. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou o envio de uma comitiva ao interior do estado, formada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, pelo ministro interino da Saúde, Adriano Massuda, e pelo diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Desastres (Cenad), Armin Braun. De acordo com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, equipes federais já estão em atuação para prestar suporte aos municípios afetados.
Segundo a MetSul Meteorologia, o tornado registrado no Paraná tem o maior número de vítimas fatais desde o evento ocorrido em Antônio Prado, no Rio Grande do Sul, em dezembro de 2003, que deixou cinco mortos. O fenômeno também reacende o alerta sobre a ocorrência de eventos climáticos extremos no país, como o tornado de intensidade F4 que atingiu Itu (SP) em 1991, quando 15 pessoas morreram.
A prioridade agora é o atendimento às vítimas, a busca por desaparecidos e a restauração de serviços essenciais.
