O governador do Paraná, Ratinho Junior, afirmou na manhã deste sábado (8) que o Estado mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e forças de segurança desde os primeiros chamados da população após a passagem do tornado que atingiu Rio Bonito do Iguaçu e outras regiões. Segundo ele, o fenômeno destruiu quase 90% das residências e prédios comerciais do município.
Ratinho Junior explicou que as equipes começaram a atuar ainda na noite de sexta-feira (7), com deslocamento de viaturas e profissionais de várias cidades do Estado, como Cascavel, Guarapuava, Londrina, Maringá e Curitiba. O Hospital de Laranjeiras do Sul recebeu mais de 200 pessoas feridas e chegou rapidamente à capacidade máxima de atendimento.
Ao longo da madrugada, novos reforços foram enviados para prestar assistência às vítimas e iniciar os levantamentos de danos. O governador afirmou que segue para a região acompanhado do secretário de Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira, do comando do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Ele adiantou que poderá decretar estado de calamidade pública ainda neste sábado para agilizar o envio de recursos, maquinário, óleo diesel e estruturas necessárias à reconstrução.
De acordo com Ratinho Junior, alojamentos começaram a ser montados, mas parte da população reluta em sair das casas com receio de perder pertences. A Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) foi acionada para preparar um plano emergencial de moradias para as famílias que perderam seus lares.
O governador afirmou que, segundo estudo preliminar do Simepar, o tornado registrado pode ter atingido nível 3, com ventos acima de 250 km/h. “Nos últimos 30 ou 40 anos, não se viu um tornado com essa força no Estado”, disse. Estruturas como silos, postos de combustíveis e grandes edificações foram completamente destruídas.
Além de Rio Bonito do Iguaçu, ele citou danos em Candói e no distrito de Entre Rios, em Guarapuava. Em Londrina, houve registros de chuva intensa e ventos fortes, mas sem vítimas, apenas danos materiais.
Ratinho Junior encerrou reforçando que o foco inicial é o atendimento às famílias, seguido pelo planejamento da reconstrução das cidades afetadas.
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