“Bandido não é anjinho”: Ratinho Junior critica leis brandas e diz que o Brasil “solta demais” criminosos

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Foto: AEN

O governador do Paraná, Ratinho Junior afirmou nesta quinta-feira (30) no leilão do Lote 6 na B3 que está em diálogo com o deputado federal Mendonça Filho (União Brasil-PE), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, para endurecer as leis, contribuir com sugestões dos governadores e buscar soluções imediatas para a escalada da violência no País.

Há cinco meses Ratinho já havia levantado a bandeira por entender que um criminoso que comete um homicídio e pega uma pena de 8 anos fica, na prática, somente dois atrás das grades. “A sociedade não aguenta mais ver bandido ser tratado como anjinho. O cidadão de bem não pode mais viver trancado em casa”, disse na época.

Ratinho Junior destacou nesta quinta que a proposta pode representar um avanço importante para endurecer as leis penais e reforçar o enfrentamento ao crime organizado e voltou a defender a tese de autonomia dos estados para legislação penal. “O problema do Brasil não é prender, o problema do Brasil é soltar demais. Nós prendemos muito, mas soltamos muito, porque as nossas leis são frágeis”, afirmou.

“Nós somos um país continental, e os crimes são diferentes em cada região. Os estados deveriam ter essa autonomia a mais para poder legislar em cima de questões criminais”, complementou Ratinho Júnior.

Ele também cobrou que o governo federal intensifique o controle das fronteiras, apontando que grande parte das armas e drogas que abastecem o crime organizado entra no país por essas vias. “O Brasil tem que começar a ter uma política de defesa das fronteiras para evitar que esse tipo de armamento e drogas entrem no nosso território”, afirmou.

Para Ratinho, a discussão sobre segurança pública deve estar acima de ideologias. “Isso não é uma discussão de direita ou esquerda, é uma discussão de país, de nação. A guerra para nós não está na Rússia ou em Israel, está aqui dentro, e precisa ser enfrentada com coragem e união”, arrematou.

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