O secretário de Segurança Pública do Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, afirmou nesta quarta-feira (29) que o Estado está preparado e em alerta diante de uma possível movimentação de criminosos após a operação policial de grande porte realizada no Rio de Janeiro. A declaração foi feita durante coletiva de imprensa em Curitiba, na qual o secretário também comentou sobre o contato direto com autoridades fluminenses.
Segundo Hudson, o governador Ratinho Junior solicitou que o Paraná se colocasse à disposição do governo do Rio de Janeiro para apoio logístico e operacional. “Ontem o governador pediu para que fizéssemos contato com o Rio. Nós nos colocamos à disposição, falei com o secretário de Segurança de lá, tanto em relação a material quanto a efetivo das operações especiais. Para o momento, ele disse que não era necessário, mas estamos à disposição”, afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de fuga de criminosos para o Paraná, o secretário garantiu que o Estado está preparado e acompanhando a situação por meio dos órgãos de inteligência. “Nós estamos preparados, acompanhamos toda a inteligência da Polícia Penal, que é importante, uma vez que os comandos das facções saem dos presídios. Por isso, fazemos revistas com frequência e retiramos os celulares”, explicou.
Hudson destacou ainda que há uma preocupação constante com o avanço de organizações criminosas interestaduais, especialmente após recentes ataques registrados em São Paulo e a execução de um ex-diretor-geral da Polícia Civil daquele estado. “Estamos atentos a tudo isso. Com essa ação do Rio de Janeiro, obviamente haverá movimentações diferentes, e estamos monitorando qualquer possível reflexo no Paraná”, declarou.
A Operação Contenção, realizada na terça-feira (28) pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, deixou 119 mortos — sendo 115 civis e quatro policiais — e resultou em 113 prisões. Segundo o secretário de Polícia Civil fluminense, Felipe Curi, o objetivo era desarticular grupos armados que atuavam em comunidades dominadas pelo tráfico. Ele afirmou que as mortes ocorreram durante confrontos. “A polícia não entra atirando, entra recebendo tiro. A operação estava planejada. O resultado quem escolheu não foi a polícia, foram eles”, disse.
No Paraná, a Secretaria de Segurança mantém o monitoramento por meio das forças policiais e da inteligência penitenciária. O Estado reforçou que segue em cooperação com outros entes da federação para evitar a entrada ou atuação de criminosos ligados a facções envolvidas na operação do Rio.
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