A morte de Valdecir Ferreira da Silva, ex-assessor da Liderança da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), provocou intensos debates durante a sessão plenária desta terça-feira (21). O caso, ocorrido na sexta-feira (17), envolveu uma troca de tiros entre Silva e policiais militares no bairro Tatuquara, em Curitiba. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local, segundo relato feito em plenário pelo deputado Tito Barrichello (União).
Silva havia sido exonerado da Alep em julho de 2024, após ser denunciado por abusar da enteada. Conforme registros do portal da transparência da Assembleia, ele foi nomeado em 1º de junho de 2023 e desligado no dia 5 de julho do ano seguinte. Durante o período em que trabalhou no Legislativo, recebia um salário bruto de R$ 11.990,90 — equivalente a cerca de R$ 9,2 mil líquidos.
O deputado Tito Barrichello responsabilizou o colega Renato Freitas (PT), autor da indicação de Valdecir para o cargo, por ter nomeado “um criminoso”. Em seu discurso, Barrichello afirmou que o ex-assessor vivia em um assentamento em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, e seria o líder de uma organização criminosa envolvida em um incêndio de ônibus ocorrido em 2021. O parlamentar também lembrou que Silva foi candidato a vereador em Curitiba pelo Partido dos Trabalhadores (PT) nas eleições de 2024, quando recebeu R$ 128 mil do fundo partidário e obteve apenas 149 votos nas urnas.
O deputado Ricardo Arruda (PL) reforçou as acusações e disse acreditar que o ex-assessor teve envolvimento na morte do policial militar Gabriel Thomaz Fadel, ocorrida em abril de 2024. Durante seu pronunciamento, Arruda afirmou que Ferreira atuava em “julgamentos” dentro do grupo criminoso e chegou a ser preso no ano anterior em Santa Catarina. O parlamentar também reiterou que o ex-assessor havia sido denunciado por abusar da enteada quando ela tinha entre 11 e 14 anos.





