Pré-candidatura de Sérgio Moro ao governo do Paraná provoca debandada de prefeitos do Progressistas

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Foto: Divulgação

A pré-candidatura de Sérgio Moro (União Brasil) ao governo do Paraná tem causado um forte impacto nas bases municipais do Progressistas (PP). Desde a formação da federação partidária entre o PP e o União Brasil, dezoito dos 61 prefeitos eleitos pela legenda em 2024 anunciaram a saída da sigla, movimento atribuído diretamente à presença do ex-juiz como pré-candidato.

Segundo dirigentes do Progressistas, o número de deserções pode crescer e alcançar até metade da bancada do partido no Estado. Entre os prefeitos que deixaram a legenda, sete já se filiaram ao PSD, partido do governador Carlos Massa Ratinho Junior, enquanto outros onze seguem sem partido definido. A principal justificativa para o rompimento seria o desejo de manter proximidade política e administrativa com o governo estadual, cuja influência é decisiva nas prefeituras do interior.

O movimento expõe a divisão interna gerada pela federação entre PP e União Brasil. Prefeitos e lideranças locais demonstram desconforto com a condução do processo e, especialmente, com a candidatura de Moro, que, embora lidere as pesquisas de intenção de voto, ainda enfrenta resistências dentro do próprio grupo. Dirigentes progressistas afirmam que a união com o União Brasil não passou por ampla consulta às bases e acabou afastando aliados tradicionais do governador Ratinho Junior, figura central na articulação política regional.

Com o avanço das negociações eleitorais, a saída em massa de prefeitos reforça o desafio de Sérgio Moro em consolidar apoios fora das grandes cidades e construir uma base sólida no interior paranaense. Enquanto isso, o PSD, de Ratinho Junior, amplia sua presença e se consolida como o principal destino dos dissidentes, fortalecendo a posição do governador como um dos articuladores mais influentes do cenário político estadual.

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