Advogado paranaense Jeffrey Chiquini e Paulo Figueiredo trocam acusações em transmissão ao vivo

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Foto: Reprodução

Uma transmissão ao vivo do programa Show da Manhã terminou em troca de acusações entre o blogueiro Paulo Figueiredo e o advogado paranaense Jeffrey Chiquini, responsável pela defesa de Filipe G. Martins, ex-assessor de assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O embate, ocorrido nesta sexta-feira (17), evidenciou divergências sobre a estratégia de defesa do réu, denunciado por tentativa de golpe de Estado.

Durante a transmissão, Chiquini criticou a postura de Figueiredo ao comentar o caso e afirmou que suas falas destoavam da linha adotada pela defesa. Em tom exaltado, o advogado declarou: “Eu reconheço vagabundo de longe. Quando você estava preso na Lava-Jato, eu estava advogando…”. A declaração provocou reação imediata de Figueiredo, que negou qualquer envolvimento na operação e exigiu que o advogado explicasse quando teria ocorrido a suposta prisão.

Chiquini insistiu nas acusações e mencionou que Figueiredo teria sido citado em um escândalo de lavagem de dinheiro. O blogueiro rebateu dizendo que nunca foi réu na Lava Jato. Ele foi alvo da operação Circus Máximus, que investigou o pagamento de propinas a banqueiros ligados ao empreendimento Trump Hotel, nos Estados Unidos, mas negou qualquer prática ilícita. À época, chegou a ser detido pela polícia americana enquanto era investigado pela Justiça brasileira.

O advogado também demonstrou insatisfação com declarações de Figueiredo sobre o processo de Martins. Segundo Chiquini, o comentarista teria enfraquecido a narrativa de defesa ao discordar publicamente da tese de que as assinaturas que registram a entrada e saída do Palácio da Alvorada, em novembro e dezembro de 2022, foram falsificadas para incriminar o ex-assessor.

Figueiredo respondeu dizendo não acreditar em falsificação de documentos, mas afirmou que o tema não interfere no andamento do julgamento. “Isso faz parte do meu trabalho como analista político”, justificou.

Filipe G. Martins responde por participação no chamado “núcleo 2” da tentativa de golpe de Estado e teve sua denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O relator, ministro Luiz Fux, acompanhou o voto dos colegas, e o julgamento deve ocorrer até o fim do ano.

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