A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu neste domingo (12) um homem de 38 anos suspeito de assédio sexual e divulgação de cenas de sexo em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. O investigado, que trabalhava como professor de música, é acusado de constranger uma adolescente com quem mantinha contato há cerca de um ano e meio, quando ela iniciou aulas na escola onde ele lecionava.
De acordo com o delegado Lucas de Figueiredo Maia, responsável pelo caso, os pais da vítima procuraram a Delegacia de Pinhais após descobrirem indícios do crime. O episódio veio à tona quando o celular da jovem apresentou problemas e precisou ser consertado. Durante o processo de recuperação do aparelho, os responsáveis encontraram imagens pornográficas e conversas trocadas com o professor.
As investigações apontam que o homem teria pedido que a aluna criasse um perfil falso nas redes sociais para manter contato direto com ele. Por meio desse perfil, o suspeito enviava vídeos e imagens de cunho sexual, além de mensagens com teor inapropriado. Segundo o delegado, o professor chegou a solicitar que a adolescente gravasse vídeos enquanto tomava banho, o que não chegou a ser feito.
Maia relatou ainda que o investigado tentou convencer os pais da menina a retirá-la da escola de música para oferecer aulas particulares, o que foi recusado pela família. Após a descoberta das mensagens, os responsáveis decidiram interromper qualquer contato entre a filha e o docente e procuraram as autoridades.
O homem foi preso no Dia das Crianças, 12 de outubro, durante o cumprimento de mandado de prisão e busca e apreensão. O celular do suspeito foi recolhido e será encaminhado para perícia, a fim de verificar a existência de outras possíveis vítimas.
Segundo o delegado, a investigação segue com a análise do material apreendido e com o acompanhamento da escuta especializada da vítima, realizada na semana passada, para determinar se houve contato físico e a extensão dos abusos.
Lucas Maia destacou a importância da atenção dos pais em casos semelhantes.
“O papel dos responsáveis é fundamental. Eles estão em contato diário com a criança e têm acesso ao celular. Nessa sociedade digital, a vigilância e o diálogo são essenciais para prevenir e denunciar situações de assédio”, afirmou o delegado.






