O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da 15ª Promotoria de Justiça de Cascavel, denunciou, nesta sexta-feira (3), o padre Genivaldo Oliveira dos Santos, de 42 anos, pela prática de 21 crimes contra 13 vítimas, com idades entre 12 e 48 anos à época dos fatos. O religioso está preso desde 24 de agosto, no âmbito da Operação Lobo em Pele de Cordeiro, conduzida pelo Nucria de Cascavel.
A denúncia, que tramita sob sigilo, inclui oito crimes de estupro de vulnerável, cinco de importunação sexual, dois de violação sexual mediante fraude (um consumado e outro tentado), cinco de tráfico de drogas e um de entrega de substância nociva à saúde para fins medicinais.
O MPPR requer a condenação do padre às penas previstas em lei, além do pagamento de indenizações entre R$ 20 mil e R$ 150 mil para cada vítima, a título de reparação por danos materiais e morais. Também foi solicitada a manutenção da prisão preventiva, em razão da garantia da ordem pública e da conveniência da instrução criminal.
Na denúncia, a promotoria fez 25 requerimentos adicionais, incluindo a investigação de charlatanismo, exercício irregular da medicina e novos crimes contra a dignidade sexual supostamente ocorridos em Cascavel e Campo Mourão. O órgão ainda pediu a abertura de procedimento para apurar a transferência do denunciado ao Complexo Médico Penal (CMP), em Curitiba, realizada em 15 de setembro sem notificação prévia do MP, da autoridade policial ou do Judiciário.
O Ministério Público também solicitou o envio de cópias dos autos à Arquidiocese de Cascavel e ao Tribunal de Justiça do Paraná para subsidiar possíveis investigações sobre desvios de recursos e bens paroquiais. Além disso, o caso foi remetido à 12ª Promotoria de Justiça de Cascavel, responsável por garantir os direitos constitucionais, a fim de avaliar danos coletivos e individuais causados às vítimas e à comunidade.
O padre segue recolhido no Complexo Médico Penal, em Curitiba, enquanto o MPPR aguarda o recebimento da denúncia pela Justiça.





