A disparada dos preços dos alimentos na Ceasa, por conta da paralisação nacional dos caminhoneiros, irá obrigar o fechamento, neste sábado (26/5), de seis Sacolões da Família da Prefeitura. São pequenas e médias unidades que não estão conseguindo repor estoques de frutas e verduras por conta da reduzida oferta no atacado e o aumento excessivo dos preços.
“Essa disparada nos preços impede que muitos donos de sacolões comercializem frutas e verduras, pois o programa trabalha com um preço máximo de R$ 2,29 o quilo”, explica o secretário municipal de Agricultura e Abastecimento, Luiz Gusi.
Neste sábado, estarão fechados os sacolões Monteiro Lobato, Caiuá, Santa Cândida, Oficinas, Santa Efigênia e Santa Felicidade.
Irão funcionar os pontos do Carmo, Boqueirão, Osternack, Vila Sandra, Jardim Paranaense, Pinheirinho e Fazendinha. O Sacolão da Família do Boa Vista funcionará em horário reduzido, das 8h às 10h.
A unidade do Bairro Novo está fechada para reformas desde o começo do mês.
Outros estabelecimentos
Feiras e mercados vão funcionar, neste sábado, mas com variedade e volume de alimentos reduzidos. Já há falta, principalmente, de cebola, batata, aipim, beterraba, pepino japonês, pimentão, abobrinha, inhame, manga, goiaba e caqui, além de pescados.
Muitos comerciantes de feiras, inclusive, podem deixar de trabalhar devido à falta de frutas e verduras. “Há casos de feirantes que estão indo comprar hortaliças diretamente com os agricultores na Região Metropolitana de Curitiba”, conta Gusi.
Quinto dia da greve
Mesmo com oferta reduzida de alimentos, a maioria dos Sacolões da Família da Prefeitura funciona em horário normal, nesta sexta-feira (25/5), quinto dia da greve nacional dos caminhoneiros. Apenas a unidade de Santa Felicidade fechou, no começo da tarde, por falta de hortifrutigranjeiros para vender.
O Sacolão da Família do Santa Cândida irá encerrar as atividades uma hora antes, às 19h30. Feiras e mercados também estão abertos em horário normal, mas com oferta reduzida de produtos. Os pontos do programa Nossa Feira da CIC e do Boa Vista não funcionam, nesta sexta, por conta da paralisação.
Como boa parte das frutas e verduras vendidas nas feiras, mercados e sacolões é adquirida da Ceasa, desde a última segunda-feira (21/5) comerciantes destes estabelecimentos da Prefeitura estão vendo seus estoques reduzirem dia a dia e os preços, por outro lado, dispararem. “Só a batata teve um aumento de mais de 100% nestes dias”, exemplificou a feirante Sidnéia Hitomi Bernardi, dona de uma banca de frutas e hortaliças no Mercado Municipal.
No caso dos pontos do Nossa Feira, eles estão fechados desde quarta-feira (23/5) por conta da dificuldade das cooperativas de adquirir frutas e verduras que não são produzidas pelos agricultores associados. As cooperativas já confirmaram que os pontos da Praça 19 de Dezembro, no Centro, e do Jardim Primavera, no Uberaba, não abrem na próxima segunda-feira (28/5).