Cristina Graeml nega ter sido “anti-sistema” e diz estar aberta até a diálogos com a esquerda

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Foto: XV Curitiba

Durante coletiva de imprensa em Curitiba, nesta sexta-feira (26), Cristina Graeml foi questionada sobre a contradição entre o discurso que adotou nas eleições de 2024 — quando atacava o chamado “sistema” e o Centrão — e sua filiação ao União Brasil, partido que integra esse bloco político e que já foi base do governo Lula.

Ao responder, Cristina tentou minimizar a polêmica e atribuiu a imagem de “anti-sistema” à cobertura da imprensa. “Eu nunca me apresentei como candidata anti-sistema. Quem fez isso foram vocês, no papel de jornalistas, cobrindo a campanha”, afirmou. A declaração marca uma mudança de tom em relação ao posicionamento que consolidou sua identidade política no pleito municipal do ano passado.

A jornalista também indicou disposição em ampliar os diálogos políticos, inclusive fora do campo conservador. “Converso com todo mundo que está de portas abertas para nos receber, inclusive de centro-esquerda e alguns representantes da própria esquerda, porque muitos não concordam com a forma pela qual o Brasil vem sendo conduzido. Então, independentemente de ideologia ou de bandeiras que cada um defenda, o que importa é a construção de um Paraná mais forte”, disse.

A fala surpreende pelo contraste com o discurso adotado em 2024, quando Cristina criticava duramente partidos alinhados ao governo federal e rejeitava alianças com setores fora do campo da direita. Agora, como integrante do União Brasil e pré-candidata ao Senado em 2026, a ex-candidata à Prefeitura de Curitiba começa a reposicionar sua narrativa política.

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