Com o objetivo de “encher o tanque” e garantir mais alguns quilômetros rodados, diversas pessoas enfrentaram filas nos postos de combustíveis na madrugada de quarta (23) para quinta-feira (24) em Curitiba.
A greve que luta por preços mais baixos no combustível, especialmente no diesel, tem refletido na indústria e no comércio. Somente em Curitiba há previsão de que mais de 100 postos já estejam sem combustível.
Relatos como o da gerente de loja, Paula Diulyane, mostram um pouco do resultado que a greve, já no seu 4 ⁰ dia, está causando em Curitiba e em todo Brasil. “No posto ao lado do meu trabalho, acabou o combustível às 19h de quarta-feira. Eu tive que ir em outro posto e sempre abasteço gasolina, mas desta vez tive que colocar álcool para não ficar na rua.”
Outra situação complicada apontada por leitores é de que os preços estão mais abusivos. “Em diversos lugares que passei em frente hoje, anunciavam gasolina com preço exorbitante, de R$4,99. Ontem fiquei na fila do posto cerca de uma hora para abastecer e poder ir trabalhar hoje”, contou a atuária Julci Rodrigues.
A empresária Ana Karolina, de Londrina, também afirmou que num posto perto de sua casa a gasolina estava sendo vendida a R$9,99. “A revolta foi grande, alguns conhecidos meus denunciaram o abuso ao Procon e foram alertados a pegar a nota fiscal e levar lá”, disse.
Em Curitiba o Procon dá o mesmo alerta: é necessário registrar o abuso no órgão através de nota fiscal. As denúncias podem ser feitas pessoalmente na Rua Emiliano Perneta, 47 (horário das 9h às 16h) ou pelo fone 0800-411512.
Segundo informações de André Luiz Alexandrini, supervisor administrativo do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo e Lojas de Conveniências em Postos de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinpospetro), algumas cidades como Paranaguá que tem poucos postos, encontram-se em situação bem difícil. “Dois empresários de postos me ligaram para saber se podem descontar do salário do funcionário caso o posto feche.”
Sobre essa questão que envolve a categoria, Alexandrini pontua que se a empresa liberar o funcionário será por conta própria e que os mesmos não têm culpa da greve, devendo receber o valor integral do mês.
Em nota, o Sindicombustíveis do Paraná, informou que também é contra a política de preços da Petrobrás, mas que as manifestações devem ser pacificas e não podem impedir o abastecimento de produtos essenciais, como é o caso dos combustíveis.
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