Curitiba acumulou um saldo de 7.872 vagas com carteira assinada no primeiro quadrimestre do ano, conforme mostram dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (18/5) pelo Ministério do Trabalho.
Foi o melhor resultado da região Sul – em Porto Alegre o saldo foi de 3.138 vagas e, em Florianópolis, o resultado foi negativo em 1.220 vagas. Os números do Caged são o saldo da diferença entre contratações e demissões.
A geração de empregos no primeiro quadrimestre de 2018 foi mais de sete vezes superior ao saldo do mesmo período do ano passado, de 1.039 vagas. Para Julio Suzuki, diretor presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), isso significa uma recuperação sólida da geração de vagas em Curitiba. “Desde o início do ano, todos os meses apresentam saldos positivos, o que deve fazer com que nos próximos meses a taxa de desemprego caia na capital”, disse.
O resultado de Curitiba foi o quarto melhor do País entre as capitais. Só perde para São Paulo (40.876), Belo Horizonte (14.949) e Brasília (9.578).
Setores
O setor de serviços foi o que mais gerou emprego em Curitiba nos primeiros quatro meses do ano, com saldo de 6.757 vagas, seguido pela construção civil, com 1.109 vagas e da indústria da transformação, 491.
Além da reação da economia, alguns fatores ajudam a explicar o desempenho do emprego em Curitiba, na avaliação de Fabiano Vilaruel, diretor de Qualificação para o Trabalho da FAS Trabalho.
A Prefeitura, de acordo com ele, vem reforçando, por meio de parcerias, a qualificação de pessoas por meio dos Liceus de Ofícios. Somente esse ano, a Prefeitura deve abrir 20 mil vagas para cursos gratuitos de qualificação.
“A qualificação empodera e estimula as pessoas a buscarem emprego. Os cursos provocam essas pessoas a buscar novas oportunidades”, afirmou Vilaruel.
Por outro lado, o setor produtivo vem, aos poucos, voltando a investir, mais confiantes em relação à economia e com o ajuste fiscal realizado pelo município. “Quando vê que o governo está fazendo sua parte, o empregador sente confiança e também se anima ”, acrescentou.