Governador de Minas Gerais, Romeu Zema, lança pré-candidatura à Presidência

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Foto: NOVO

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), oficializou neste sábado (16) sua pré-candidatura à Presidência da República, durante a convenção nacional do partido, realizada em São Paulo. O anúncio ocorreu em meio a críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

No discurso, Zema defendeu alterações no programa Bolsa Família, propondo a criação de um “mecanismo de desmame” para estimular a inserção no mercado de trabalho. Segundo ele, a ideia é permitir que os beneficiários continuem recebendo o auxílio até alcançarem estabilidade financeira, reduzindo gradualmente a dependência do programa.

O governador também classificou o Nordeste como um “desafio maior para a direita” e afirmou acreditar que a região poderá passar por mudanças políticas ao longo dos próximos anos. “É uma perpetuação de uma vida precária, sem dignidade, sem futuro. Eu acredito em emprego. No dia que o Nordeste acordar para isso, nós vamos ver essa mudança”, disse.

A pré-candidatura de Zema surge em um momento de indefinição no campo da direita, após a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto e será julgado em setembro pelo STF no caso da trama golpista. 

Zema declarou ainda que está aberto ao diálogo com outros partidos e não descartou apoiar alianças que possam resultar em candidatura única no segundo turno. “Vejo com naturalidade essas mudanças na política. O cenário que eu vejo é a direita caminhar com vários pré-candidatos e lá na frente, no segundo turno, todos estarão juntos”, afirmou.

Durante o evento, lideranças como o senador Eduardo Girão (Ceará) defenderam o impeachment de Alexandre de Moraes, enquanto o público entoava palavras de ordem contra o ministro e o presidente Lula. Houve ainda críticas ao Supremo, com menções a supostos excessos do Judiciário. O deputado Marcel van Hattem (RS) também discursou, alegando perseguição política, enquanto o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, participou da convenção ao lado de parlamentares e prefeitos do partido.

 

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