Em virtude do sistema de Biometria nos Estádios, fruto do convênio celebrado pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) com a Celepar, com o Detran-PR e com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, na partida entre Clube Atlético Paranaense e Clube Atlético Mineiro, realizada neste domingo (13/05) na Arena da Baixada, houve a identificação e o cumprimento de quatro mandados de prisões.
Os mandados foram identificados na catraca do estádio, por intermédio da consulta biométrica viabilizada pelo Convênio 008/2017, que permitiu o desenvolvimento de uma webservice de consulta aos dados de segurança pública. Importa destacar que somente as Polícias Civil e Militar têm acesso a esses dados, para viabilizar o cumprimento dos respectivos mandados.
Os infratores foram identificados na catraca por Policiais Militares e encaminhados para lavratura dos procedimentos legais.
O Juiz Auxiliar da 2ª Vice-Presidência do TJPR, Ricardo Henrique Ferreira Jentzsch, destacou o sucesso do projeto: “A ideia inicial do convênio sempre foi contribuir com a Segurança Pública no ambiente do futebol e dos eventos de grande porte. Com essa funcionalidade permitindo identificar-se na entrada do Estádio o indivíduo que tenha contra si alguma pendência com a justiça, como mandados em aberto, a sociedade tem a confiança de que o Estado cumpre o dever estabelecido pela Constituição Federal e pelo Estatuto do Torcedor, e o criminoso passa a perder a famigerada sensação de impunidade”.
A Desembargadora Lidia Maejima, 2ª Vice-Presidente do TJPR, lembrou da importância de incentivar e de aperfeiçoar o uso da tecnologia em favor da Segurança Pública: “O Estado do Paraná tem sido pioneiro em soluções tecnológicas de aprimoramento da Segurança Pública. A identificação biométrica dos cidadãos na entrada do estádio, com a identificação de eventuais mandados de prisão e ordens de restrição é algo inédito no Brasil, que merece ser difundido. Os resultados já começam a aparecer, e é cada vez mais sensível o baixo número de ocorrências no estádio e em seu entorno. Isso é um inequívoco sinal de que o Paraná conta com mecanismos efetivos de controle da violência”.
O Coordenador de Segurança do Clube Atlético Paranaense, Ronildo Finger Barbosa, ressaltou a importância da parceria para o êxito do trabalho. “O sucesso da operação é resultado do trabalho em conjunto das áreas internas e externas envolvidas, o que possibilitou ações rápidas, eficientes e discretas durante a tentativa de acesso dos torcedores com mandados em aberto. Ao tentarem acessar com suas digitais, essas pessoas foram identificadas pelas catracas do Clube. O supervisor local acionou a Polícia Militar, que encaminhou o torcedor à DEMAFE [Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos]. Os demais torcedores nem chegaram a perceber que isso estava ocorrendo, devido à discrição e à rapidez das ações.”