Filipe Barros critica Senado e diz que “o dia está Magnitsky” em alusão a sanções dos EUA contra Moraes

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Foto: Divulgação

Em pronunciamento nesta terça-feira (30), o deputado federal Filipe Barros (PL-PR), pré-candidato ao Senado pelo Paraná, fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, e ao que classificou como omissão do Senado Federal. O parlamentar mencionou diretamente a Lei Magnitsky — norma norte-americana que autoriza sanções contra pessoas acusadas de violar direitos humanos — em referência à recente inclusão de Moraes em um relatório do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sobre supostos abusos judiciais no Brasil.

Barros iniciou sua fala com a frase: “Hoje o dia está Magnitsky”, em clara alusão às sanções previstas pela legislação dos EUA. Segundo ele, as denúncias de violações de direitos humanos e censura atribuídas ao ministro Moraes, amplamente debatidas por parlamentares da oposição nos últimos anos, agora estariam sendo reconhecidas também por nações estrangeiras. “Se o Senado Federal estivesse cumprindo com o seu papel ao longo dos últimos dez anos, nós não teríamos chegado a esse ponto”, afirmou.

O deputado citou medidas do STF como prisões consideradas arbitrárias, bloqueio de perfis em redes sociais e as penas elevadas aplicadas a réus envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 como exemplos do que considera violações de garantias fundamentais. “Há pelo menos cinco anos nós falamos isso. A censura deliberada, muitos aqui, o banimento de perfis das redes sociais, prisões em flagrante, prisões arbitrárias”, destacou.

Ele também criticou diretamente os senadores, acusando-os de omissão diante dessas situações. “Os nossos senadores estão hoje dormindo em berço esplêndido. Essa é a verdade”, disparou. Barros reforçou seu apelo para que as instituições nacionais, especialmente o Congresso, reflitam sobre o atual momento político e retomem os princípios estabelecidos pela Constituição Federal de 1988. “Espero que as instituições brasileiras coloquem a mão nas suas respectivas consciências e que nós voltemos ao Estado Democrático de Direito”, concluiu.

As declarações de Filipe Barros ocorrem em meio a um novo capítulo das tensões entre parte da direita política brasileira e o Supremo Tribunal Federal, com repercussões internacionais envolvendo figuras como Donald Trump e a legislação Magnitsky. A fala marca também mais um passo do parlamentar na construção de sua pré-candidatura ao Senado em 2026, reforçando sua linha de discurso voltada à crítica institucional.

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