Homem que matou mais de 40 criminosos é apelidado de “Batman de Curitiba” nas redes

3 Min de leitura
Foto: Divulgação

Considerado um dos criminosos mais perigosos de Curitiba, Kainan Wesley Batista Meira, de 27 anos, é atualmente procurado por mais de 30 homicídios — número que pode chegar a 40, segundo investigações. Apesar da extensa ficha criminal, o suspeito ganhou apoio de parte da população local, que o apelidou de “Batman de Curitiba” por supostamente eliminar criminosos conhecidos por assaltar trabalhadores e moradores da periferia.

De acordo com testemunhas, Kainan teria agido sozinho em diversas ocasiões, capturando e matando indivíduos que apareceram em reportagens policiais como autores de crimes contra pessoas pobres e indefesas. O comportamento gerou controvérsia, mas também atraiu defensores que veem nele um justiceiro motivado pela vingança.

Segundo a Polícia Civil do Paraná, Kainan lidera uma facção criminosa criada por ele próprio com o objetivo de vingar a morte do pai, assassinado em 2002 durante uma emboscada por homens vestidos de policiais civis. Desde então, o suspeito teria adotado táticas semelhantes às dos assassinos, utilizando roupas que simulam uniformes policiais, balaclavas e armamento pesado para executar seus rivais.

Os homicídios atribuídos à facção de Kainan Wesley ocorreram majoritariamente no bairro Abranches, entre os anos de 2022 e 2025. Os investigadores relatam um padrão de extrema violência, com vítimas frequentemente executadas com múltiplos tiros — em alguns casos, até 40 disparos. Um dos episódios mais brutais foi o assassinato de Marlon Cezar Correa dos Santos, morto com 40 tiros em maio de 2023.

Além disso, o grupo teria atuado em um duplo homicídio em janeiro de 2022, em um lava-car na Rodovia dos Minérios. Quatro homens vestidos como policiais desceram de um veículo e abriram fogo contra o proprietário do estabelecimento e um cliente que estava no local.

As ações da facção se estenderam a outros estados e colocaram Kainan Wesley na lista de procurados pelas polícias do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Uma operação realizada em 10 de abril deste ano prendeu dois integrantes da organização, mas o principal suspeito continua foragido.

A Polícia Civil reforça que o grupo age com frieza e alto grau de violência, utilizando a imagem de autoridades policiais para enganar e dominar as vítimas. Apesar disso, o apelido de “Batman de Curitiba” continua ganhando força entre parte da população, que enxerga em Kainan uma espécie de vingador de causas populares, em meio à crescente insegurança nas periferias.

Compartilhe o artigo