A repercussão de uma publicação do Fuga Café, localizado na Rua Senador Xavier da Silva, 417, no Centro Cívico de Curitiba, continua gerando consequências. Após compartilhar a imagem de um cartaz com a frase “Proibido entrada com tornozeleira eletrônica” — interpretada como uma provocação política ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro — o estabelecimento foi alvo de críticas em redes sociais e viu sua nota no Google despencar.
Nos stories publicados posteriormente, o perfil oficial do café ironizou as ofensas recebidas, dizendo que “falaram no Twitter que o Fuga é uma espelunca e a porta parece um p&teiro”, rebatendo o comentário com sarcasmo e apoio às profissionais do sexo. O barista, que assina as publicações de forma pessoal, escreveu: “Nada contra as p@tas, todo amor a elas”.
Em outra publicação, o café afirmou ter silenciado todas as notificações nas redes sociais diante do volume de ataques. Também informou que a avaliação no Google caiu de 5.0 para 3.0 após a polêmica e convocou os clientes que apoiam o local a deixarem avaliações positivas para reverter o quadro. “Se eu fosse você, iria lá nos avaliar com cinco estrelas falando que vocês amam o barista que ama vocês, que tal?”, dizia a mensagem.
As postagens expõem como o ambiente digital pode se tornar hostil em poucos minutos e mostram o impacto direto que questões políticas têm sobre negócios locais. O caso do Fuga Café é mais um exemplo de como manifestações consideradas provocativas podem resultar em boicotes virtuais organizados, afetando diretamente a reputação online de pequenos empreendimentos.
Em meio ao turbilhão, o café tenta manter o tom bem-humorado e o contato próximo com os clientes fiéis, mas agora lida com as consequências de uma internet cada vez mais polarizada.






