Segundo Quaest, 59% apoiam e 41% criticam operação contra Bolsonaro

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Foto: Antonio Augusto/STF

A operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), provocou forte repercussão nas redes sociais, com opiniões divididas entre apoio e críticas. Segundo levantamento da Quaest, 59% das menções sobre o tema expressavam apoio à ação, enquanto 41% defendiam Bolsonaro e questionavam a decisão judicial.

O monitoramento analisou mais de 1,3 milhão de publicações em redes sociais e portais de notícias, até as 17h de sexta-feira (18), data da operação. O pico de engajamento ocorreu por volta das 10h, com mais de 150 mil menções. Entre os que criticaram a medida, 10% associaram a operação à censura e à ditadura, segundo a pesquisa.

Em grupos de mensagens alinhados à direita, as críticas ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes lideraram as discussões. De cada 100 mil mensagens, 32 mil tinham esse teor. Também houve destaque para o uso da tornozeleira eletrônica por Bolsonaro (12 mil menções) e críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (4 mil).

A operação teve como alvo endereços ligados ao ex-presidente e resultou na apreensão de um celular, um pen drive e cerca de US$ 14 mil na casa de Bolsonaro. Além disso, Moraes determinou medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e aos finais de semana. As medidas foram fundamentadas no risco de fuga, já que Bolsonaro é réu em ação penal sobre um suposto plano de golpe de Estado e também investigado, junto a seu filho Eduardo Bolsonaro, por ameaça à soberania nacional.

O ex-presidente negou qualquer intenção de deixar o país e classificou as decisões judiciais como uma “suprema humilhação”.

 

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