Uma estudante foi brutalmente agredida no Centro de Curitiba após ser abordada por uma mulher que se irritou com o fato de a vítima não estar usando sutiã. O caso ocorreu na região do Largo da Ordem, quando a jovem, que frequenta um cursinho na área, decidiu ir até o Alto São Francisco tomar um café.
Segundo o advogado da vítima, Eduardo Holdorf, a agressora abordou a jovem com insultos e ameaças, afirmando que ela era “uma sem-vergonha” por não estar usando roupa íntima e prometendo matá-la com a ajuda do marido. Em seguida, desferiu um soco no rosto da estudante.
A vítima conseguiu se desvencilhar e tentou fugir atravessando a rua. No entanto, ao notar que estava sendo seguida, entrou em uma galeria comercial e tocou a campainha de um estabelecimento. O funcionário a atendeu, mas, ao imaginar que se tratava de um desentendimento familiar, permitiu a entrada da agressora.
Dentro do local, a jovem foi novamente agredida com golpes na cabeça e arrastada pelos cabelos. Segundo o relato do advogado, ela foi puxada “sim, para a morte”, enquanto ouvia ameaças constantes. A agressora só deixou o local após alguém gritar que a polícia havia sido chamada.
A Polícia Militar chegou em seguida e registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal. A família da vítima, inconformada com a tipificação do caso, a levou até uma delegacia. A autoridade policial, contudo, manteve o registro como uma “mera agressão”.
Para a defesa, no entanto, trata-se de uma tentativa de homicídio, possivelmente com agravante de feminicídio. “Ela menosprezou a condição de mulher da vítima, iniciando as agressões por conta do sutiã”, afirmou Eduardo Holdorf.
A jovem realizará exame de corpo de delito na próxima semana. A equipe jurídica também conduz uma investigação defensiva em busca de imagens e testemunhas, para verificar se houve participação de terceiros. Caso a Polícia Civil não requalifique o caso, a defesa pretende apresentar uma notícia-crime diretamente ao Ministério Público.
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