Título: Curitiba relembra a histórica nevasca de 1975: há chance de nevar novamente neste inverno?
No próximo dia 17 de julho, Curitiba completa 50 anos de um dos fenômenos climáticos mais marcantes da sua história: a nevasca de 1975. Naquele inverno rigoroso, flocos de neve cobriram ruas, telhados e praças da capital paranaense, um evento raro que ainda hoje é lembrado com nostalgia por quem presenciou. Com a aproximação do aniversário do fenômeno, a pergunta volta a surgir entre os curitibanos: será que pode nevar novamente neste inverno?
A dúvida foi levantada recentemente em um grupo do Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), que monitora as condições climáticas no estado. A resposta, embora cautelosa, aponta que não está descartada a possibilidade de novas precipitações invernais — como neve, chuva congelada ou chuva congelante —, mas reforça que a previsão para esse tipo de fenômeno é extremamente delicada.
Segundo os meteorologistas do Simepar, a ocorrência de neve exige uma combinação muito específica de fatores atmosféricos: temperaturas próximas ou abaixo de 0 °C, presença de umidade e atuação de massas de ar frio intensas. Essas condições só podem ser identificadas com maior precisão de dois a três dias antes de o fenômeno ocorrer. “Por ora, não há indicativo para ocorrência de neve nos próximos dias”, informou o órgão.
Neste ano, o Oceano Pacífico se encontra em condição de neutralidade — ou seja, sem a influência direta de fenômenos como El Niño ou La Niña —, o que, segundo o Simepar, tende a manter o inverno dentro da média climatológica. Isso significa que ainda podem ocorrer novas ondas de frio em Curitiba, especialmente ao longo do mês de julho, tradicionalmente um dos mais gelados do ano.
Em 1975, a neve caiu de forma significativa sobre a cidade na madrugada do dia 17, em um cenário que combinou uma massa de ar polar extremamente intensa com altos índices de umidade. O fenômeno se repetiu, de forma mais fraca, em anos posteriores, como 2013, mas nunca mais com a mesma intensidade daquela noite gelada que entrou para a história da capital paranaense.
À medida que o inverno avança, os curitibanos seguem atentos às previsões. E, embora a ciência ainda não possa garantir se os flocos voltarão a cair neste ano, a memória da nevasca de 1975 continua viva, alimentando a esperança de ver Curitiba, mais uma vez, vestida de branco.







