A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (8), o projeto que cria novas funções comissionadas no Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta, que passou com 209 votos favoráveis, 165 contrários e quatro abstenções, provocou reações divergentes entre os parlamentares da bancada do Paraná, refletindo o embate político nacional em torno da gestão de recursos públicos.
Dos deputados federais paranaenses, nove votaram a favor da proposta. Entre eles estão Carol Dartora, Lenir de Assis, Tadeu Veneri, Welter e Zeca Dirceu, todos do Partido dos Trabalhadores (PT), além de Sergio Souza (MDB), Beto Richa (PSDB), Aliel Machado (PV) e Delegado Matheus Laiola (União Brasil).
Por outro lado, treze deputados do estado foram contrários à criação dos novos cargos. Votaram contra: Filipe Barros (PL), Dilceu Sperafico, Pedro Lupion, Tião Medeiros e Vermelho (todos do PP), Luciano Alves, Luisa Canziani, Paulo Litro, Reinhold Stephanes, Rodrigo Estacho e Sargento Fahur (PSD), além de Felipe Francischini e Padovani (União Brasil).
O projeto prevê um custo adicional de R$ 7,8 milhões por ano para a implantação das novas funções comissionadas, tanto em 2025 quanto em 2026. Segundo o Supremo Tribunal Federal, esse valor será coberto por meio de um remanejamento interno do orçamento já previsto — ou seja, sem acréscimos no teto de gastos autorizado para a Corte.
Com um orçamento de R$ 897,6 milhões em 2024, o STF terá R$ 953,9 milhões para o próximo ano, sendo R$ 895 milhões destinados ao custeio e R$ 59 milhões à previdência. A Corte justificou a medida apontando o alto volume de decisões — aproximadamente 100 mil por ano — e a necessidade de ampliar o suporte administrativo diante das funções jurisdicionais e institucionais exercidas.
A votação reacendeu o debate sobre o uso de recursos públicos e a necessidade de ajustes administrativos no Judiciário. No Paraná, o posicionamento dividido da bancada federal revela diferentes visões sobre prioridades orçamentárias e o papel do STF na gestão dos seus recursos.





