As declarações da jornalista Cristina Graeml sobre a centralização das manifestações da direita na Avenida Paulista, em São Paulo, provocaram forte repercussão entre militantes conservadores de Curitiba e de outras regiões do Paraná. Um dos focos de críticas partiu do grupo de WhatsApp Paraná Avança com a Direita, que reúne apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e organizadores de atos políticos no estado.
Borba Maciel, administrador do grupo, classificou as falas de Cristina como inoportunas e prejudiciais ao movimento. “A Cristina perdeu a linha. Ela sabe o esforço que é reunir pessoas, ainda mais num momento de tanta perseguição política. Ficar atacando os líderes que mais lutaram por essa causa só enfraquece a direita”, afirmou Maciel. Durante o dia, diversas mensagens em defesa de Silas Malafaia circularam entre os integrantes, com críticas ao que chamaram de “postura divisionista” da jornalista.
Além desse grupo, o “Tias e Tios do Zap de Curitiba”, um dos mais antigos entre os apoiadores conservadores da capital, também se manifestou. A posição por lá, porém, é mais dividida. “Bom, o grupo atualmente está dividido. Ainda tem bastante eleitor dela, mas não como antes, por conta de acordos políticos e do partido. Em relação ao comentário sobre a monopolização das manifestações, somos a favor da centralização, mas entendemos o que ela quis dizer. Sabemos que o vídeo foi cortado de uma forma que parece que ela está contra o Bolsonaro, e não é isso”, afirmou um dos administradores do grupo, que preferiu não se identificar.
A polêmica envolvendo Cristina Graeml, Malafaia e os grupos bolsonaristas do Paraná expõe uma divisão interna dentro da base da direita local, num momento em que a mobilização nacional está concentrada em torno do ato marcado para o próximo dia 29 na Avenida Paulista.





