A Justiça Federal de São Paulo condenou o humorista Léo Lins a oito anos e três meses de prisão em regime fechado por declarações consideradas preconceituosas em um vídeo publicado em seu canal no YouTube. A decisão foi proferida na última sexta-feira (30) pela 3ª Vara Criminal Federal da capital paulista, atendendo a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
O vídeo, que somava mais de três milhões de visualizações até ser retirado do ar por determinação judicial em 2023, continha piadas direcionadas a diversos grupos sociais, incluindo negros, indígenas, idosos, pessoas com deficiência, homossexuais, nordestinos, judeus, obesos, evangélicos e pessoas vivendo com HIV. Conforme apontado na sentença, o conteúdo incentivava a intolerância e a violência verbal, ferindo os princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade jurídica.
A Justiça também determinou que Léo Lins pague uma multa de 1.170 salários mínimos de 2022, o equivalente a aproximadamente R$ 1,4 milhão, além de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. A decisão destacou ainda que o humorista demonstrou ciência dos possíveis desdobramentos judiciais durante o próprio show, além de admitir o teor preconceituoso das piadas.
O réu ainda pode recorrer da decisão.
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