Estadão Conteúdo
O motorista Rhenan Bento da Silva, acusado de atropelar quinze pessoas que saíam de um culto religioso em 2014, foi condenado a 32 anos de prisão por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e tráfico de drogas. A decisão foi proferida na madrugada desta quinta-feira, 19, pelo Tribunal do Júri da 2ª Vara do Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo
A denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo mostra que Rhenan da Silva atropelou quinze pessoas que deixavam um culto religioso na Vila Medeiros, na zona norte de São Paulo. Uma criança de três anos que estava entre as vítimas não sobreviveu aos ferimentos e morreu.
Silva, de acordo com a denúncia, tentou fugir do local com o carro, mas não conseguiu e saiu a pé sem prestar socorro às vítimas. No veículo, foram encontradas maconha e cocaína, o que levou à denúncia de tráfico de drogas.
O motorista negou que trafegava em alta velocidade durante o acidente e alegou ter sido fechado por outro veículo, que o teria forçado a subir a calçada onde estavam as vítimas. A perícia, porém, afirmou que ele trafegava em alta velocidade. Silva disse que não prestou socorro por temer ser agredido e negou ser o proprietário das drogas encontradas no carro.
O julgamento de Rhenan da Silva começou na manhã de quarta-feira, 18. Oito testemunhas foram ouvidas, além das arguições da defesa e da acusação. Na madrugada desya quinta, o tribunal do júri, composto por sete homens, decidiu pela condenação do motorista, que cumprirá 32 anos de prisão em regime fechado, sem direito a recorrer da decisão em liberdade.
A namorada de Silva também foi julgada no mesmo processo e foi absolvida pelo júri da acusação de tráfico de drogas, a única que respondeu no caso. Ela estava no veículo no momento do acidente.