Somente nos dois primeiros anos do governo Lula, quase R$ 4 bilhões foram desviados dos aposentados, segundo PF E CGU
O bloco de oposição na Câmara trabalha para protocolar, na tarde desta segunda-feira, 12, uma CPI para investigar os desvios bilionários do INSS.
Parlamentares da oposição afirmam que já conseguiram mais de 171 deputados e 27 senadores assinantes do requerimento, ou seja, já houve a coleta do mínimo de assinaturas necessárias para o pedido ser protocolado. A deputada coronel Fernanda (PL-MT) e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) são as que articulam a criação de uma CPMI.
Investigação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União mostra que entidades descontavam valores dos pagamentos de aposentados e pensionistas sem autorização dos mesmos. O esquema teve início em 2016, mas “explodiu” em 2023, já no governo Lula. Para efeitos de comparação, no último ano do governo Bolsonaro os descontos irregulares atingiram R$ 706 milhões. Em 2023 chegaram a R$ 1,3 bilhão, e, em 20024, a R$ 2,6 bilhões. Também pesa contra o governo petista o fato do ministro da Previdência, Calor Lupi, ter sido alertado sobre o indício de fraudes e ficado quase um ano sem tomar nenhuma providência.
Apesar do prejuízo bilionário e da apatia de Lupi por um ano todo, o PT acha que não há nada pra investigar. A ministra da Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se reuniu com líderes de partidos na semana passada, numa ofensiva para enterrar a CPI.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE) disse que a CPI é um “factoide” e que a oposição quer fazer “palanque político”.




