O cachorrinho Tokinho foi reconhecido como parte legítima em um processo judicial e receberá uma indenização de R$ 5 mil por danos morais, conforme decisão da Justiça em Ponta Grossa. A sentença foi proferida pela juíza Poliana Maria Cremasco Fagundes Cunha Wojciechowski, que determinou que o valor seja usado exclusivamente em favor do animal.
O caso teve início em junho de 2023, quando câmeras de segurança flagraram o ex-tutor, Abynner de Andrade Ferreira Kosofski, agredindo Tokinho com nove golpes de pau. A agressão resultou na prisão em flagrante do acusado, embora ele tenha sido liberado provisoriamente no mesmo dia. No processo, Abynner alegou estar separando uma briga entre cães da família, mas a versão foi rejeitada pela magistrada, que destacou a brutalidade registrada nas imagens.
Durante o acolhimento de Tokinho pelo Grupo Fauna de Proteção aos Animais, foi constatado que o cachorro apresentava dor na coluna, febre e comportamento acuado, sinais compatíveis com agressões físicas e trauma emocional, apesar de não haver lesões externas aparentes. Em decorrência dos cuidados necessários, o ex-tutor também foi condenado a ressarcir o grupo em R$ 820 pelas despesas com alimentação, segurança e tratamento.
A defesa de Abynner afirmou que recorrerá da decisão, alegando injustiça no julgamento. O caso ganhou destaque como um dos primeiros em que um animal é reconhecido judicialmente como parte indenizada no Paraná.
Quem presenciar casos de maus-tratos contra animais no estado pode realizar denúncias anônimas pelo site da Polícia Civil, pelo Disque-Denúncia 181 ou acionar a Polícia Militar pelo telefone 190 em situações de emergência.
