O ex-presidente Fernando Collor de Mello, de 75 anos, foi preso na madrugada desta sexta-feira (25) em Maceió, Alagoas. A prisão ocorreu após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou os últimos recursos apresentados pela defesa e ordenou o cumprimento imediato da pena.
Collor foi condenado em maio de 2023 a oito anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-presidente estava a caminho de Brasília para se apresentar espontaneamente quando foi detido às 4h. Atualmente, ele se encontra custodiado na Superintendência da Polícia Federal em Maceió.
A condenação é fruto de uma investigação derivada da Operação Lava Jato, que apontou o recebimento de R$ 20 milhões em propina em contratos firmados entre a BR Distribuidora e a construtora UTC entre 2010 e 2014. As provas reunidas incluíram documentos e materiais apreendidos durante as investigações.
Desde a condenação, a defesa de Collor tentou recorrer da decisão, buscando a redução da pena e a prescrição do crime de corrupção passiva, o que poderia deixá-lo condenado apenas pelo crime de lavagem de dinheiro. No entanto, o plenário do STF rejeitou o pedido por maioria de votos.
Fernando Collor foi presidente do Brasil entre 1990 e 1992, tendo renunciado ao cargo durante o processo de impeachment. Posteriormente, atuou como senador por Alagoas entre 2007 e 2023. Em 2022, tentou, sem sucesso, a eleição para o governo de seu estado.
A prisão de Collor marca mais um desdobramento das investigações da Lava Jato envolvendo figuras públicas de destaque no cenário político nacional.





