A Justiça do Paraná concedeu liberdade provisória ao gerente e ao sócio-administrador de uma clínica de reabilitação localizada em Antonina, no litoral do estado. Ambos foram presos sob suspeita de manter mulheres em condições de cárcere privado na instituição. A decisão judicial ocorreu apesar dos pedidos do Ministério Público do Paraná (MPPR) para que os suspeitos permanecessem detidos e que a clínica fosse interditada.
As prisões ocorreram durante operações realizadas pela Polícia Civil do Paraná (PCPR). No dia 24 de março, cinco mulheres foram resgatadas da clínica, e o gerente foi preso em flagrante. Posteriormente, em 26 de março, outras dez mulheres foram resgatadas, e o sócio-administrador foi detido.
As investigações apontaram que as pacientes estavam internadas de forma involuntária e submetidas a condições degradantes. A PCPR, em conjunto com a Vigilância Sanitária, identificou diversas irregularidades na clínica, que funcionava como centro de tratamento para pessoas com dependência química.
O MPPR solicitou a prisão preventiva dos responsáveis e a interdição da clínica. No entanto, a Vara Criminal de Antonina indeferiu os pedidos, concedendo liberdade provisória aos suspeitos e mantendo a clínica em funcionamento.