O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, neste sábado (29), após críticas da oposição sobre sua recente viagem internacional. Janja representou o Brasil em Paris, na França, na cúpula internacional de combate à má nutrição, enquanto Lula seguia em missão oficial no Vietnã, após visitar o Japão.
Durante coletiva de imprensa no encerramento de sua viagem à Ásia, Lula afirmou que a presença da esposa no evento foi legítima e a convite do presidente francês, Emmanuel Macron. “Ela não faz viagem apócrifa. Ela foi convidada para discutir a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, declarou o presidente, ressaltando estar “muito orgulhoso” da participação de Janja.
O evento reuniu representantes de governos, entidades filantrópicas e do setor privado, com o objetivo de mobilizar recursos no enfrentamento à fome e à desnutrição, especialmente em países em situação de vulnerabilidade. Janja teve papel de destaque ao discursar como convidada de honra na cerimônia de abertura, que contou com a presença do primeiro-ministro francês, François Bayrou.
Em sua fala, Janja lembrou o impacto global da má nutrição infantil e defendeu políticas públicas voltadas à segurança alimentar, citando iniciativas como o Bolsa Família e a atuação do governo brasileiro na Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. Ela também reforçou a importância da paz e da justiça social, afirmando que o mundo precisa de “menos armas e mais alimentos”.
Lula reiterou que a viagem foi oficial e que a primeira-dama estava em missão representativa. “Ela vai continuar fazendo o que gosta. A mulher do presidente Lula não nasceu para ser dona de casa. Ela vai estar onde quiser, falar o que quiser e andar para onde quiser”, afirmou.
A participação de Janja reforça o posicionamento do governo brasileiro em agendas humanitárias internacionais e amplia a visibilidade do país em discussões globais sobre combate à fome.