A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu um homem suspeito de praticar os crimes de extorsão e estupro contra mulheres. A captura aconteceu na madrugada desta segunda-feira (24), em Curitiba.
O suspeito vinha sendo monitorado após uma vítima procurar a delegacia na sexta-feira (21) para registrar um boletim de ocorrência relatando extorsão e estupro. Diante da gravidade dos fatos, a equipe policial iniciou as diligências que resultaram na prisão.
O suspeito é apontado como responsável por uma série de extorsões que ocorriam desde 2018. As vítimas eram atraídas por meio de uma falsa agência de modelos, que organizava supostos ensaios fotográficos em um hotel no Centro de Curitiba.
De acordo com o delegado da PCPR Hormínio Lima, no local, uma mulher as encaminhava para um quarto, onde eram surpreendidas por um homem que as ameaçava e as obrigava a manter relações sexuais. Os atos eram registrados em vídeo.
Os conteúdos gravados eram posteriormente divulgados em grupos na internet junto com os dados pessoais das vítimas. No início de 2024, o suspeito passou a enviar mensagens ameaçadoras para algumas delas, exigindo dinheiro, vantagens sexuais e produtos de consumo em troca de não divulgar os vídeos para amigos, familiares e redes sociais.
“Ele afirmava ter um contato que administrava um site de vídeos pornográficos e que entregaria o material caso suas exigências não fossem atendidas”, explica.
Durante a prisão, o suspeito apresentou um nome falso, o que resultou na autuação por falsidade ideológica. Além disso, foi encontrado um mandado de prisão em aberto pelo crime de estelionato. Ele utilizava identidades falsas em diversas situações, inclusive nos registros do hotel onde foi detido.
Na ação, os policiais apreenderam celulares, documentos falsos, anabolizantes e um pendrive contendo material pornográfico. Em um segundo hotel no Centro da cidade, onde o suspeito também estava registrado com outro nome falso, foram localizados mais anabolizantes e arquivos utilizados para extorsão.
Até o momento, foram identificadas sete vítimas, sendo seis no Paraná e uma em Santa Catarina. A investigação prossegue para identificar outras possíveis vítimas e envolvidos.