A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem apresentado queda desde o final de 2024, conforme revela a mais recente pesquisa Ipsos-Ipec, divulgada nesta quinta-feira (13). O levantamento aponta que 41% dos brasileiros desaprovam a atual gestão, um crescimento de sete pontos percentuais desde dezembro do ano passado. O resultado acende um alerta no Palácio do Planalto, pois, pela primeira vez, a avaliação negativa supera a positiva.
Segundo os dados, apenas 27% dos entrevistados classificam o governo como ótimo ou bom, representando uma queda de sete pontos percentuais em comparação ao levantamento anterior. Além disso, 30% dos brasileiros avaliam a administração como regular, enquanto 1% não soube responder.
A pesquisa, realizada entre os dias 7 e 11 de março, ouviu 2.000 brasileiros em 131 municípios. O estudo apresenta um nível de confiança de 95%, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Outro dado relevante é a desaprovação da forma de governar do presidente, que atingiu 55%, registrando um aumento de nove pontos percentuais. Já o percentual de aprovação caiu para 40%, o que representa uma queda de sete pontos. Além disso, a confiança em Lula também diminuiu, alcançando 40%, enquanto a desconfiança subiu seis pontos, chegando a 58%.
O declínio na popularidade de Lula também se reflete entre seus próprios eleitores. O percentual de aprovação do governo entre aqueles que votaram no presidente caiu de 64% para 52%. No Nordeste, principal reduto eleitoral de Lula, a queda foi ainda mais expressiva, passando de 50% para 37%. Entre os brasileiros com menor nível de escolaridade e aqueles que recebem até um salário mínimo, o governo mantém uma avaliação positiva de 36% e 34%, respectivamente.
Já entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, a reprovação ao governo petista é significativa, com 72% classificando a gestão como ruim ou péssima. Lula também enfrenta resistência entre grupos como pessoas com renda superior a cinco salários mínimos (59%), os mais escolarizados (48%), evangélicos (52%) e homens (46%).