A partir dessa segunda-feira (2), quem visitar Unidades de Conservação paranaenses na região do Vale do Ribeira deve apresentar comprovação de vacinação contra a febre amarela. A medida atende recomendação da Secretaria de Estado de Saúde devido aos registros de casos na divisa com o Estado de São Paulo.
De acordo com a recomendação, quem visitar Unidades de Conservação particulares (RPPNs) também deve se prevenir, apesar de não haver registro de casos da doença no Paraná. A medida é preventiva.
“A visitação nesses locais continuará ocorrendo da mesma maneira. Apenas vamos pedir a comprovação de vacinação por uma medida de prevenção. Até o momento não foi encontrado e registrado nenhum macaco morto em nenhuma das nossas Unidades de Conservação. Não há motivos para preocupação”, esclarece o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP, Guilherme Vasconcellos.
Na extensão paranaense do Vale do Ribeira existem duas Unidades de Conservação Estaduais: o Parque Estadual de Campinhos, em Tunas do Paraná e Cerro Azul, e o Parque Estadual das Lauráceas, entre Adrianópolis, Tunas do Paraná e Bocaiuva do Sul. Este último, maior Parque do Estado, recebe, em sua maioria, pesquisadores e membros da comunidade científica.
CAMPINHOS – A Unidade de Conservação criada em 1960 para proteger remanescente da Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária) e, principalmente, o patrimônio espeleológico do Paraná, abriga em suas cavernas muitas maravilhas esculpidas pela natureza há milhares de anos.
O Parque fica na BR 476, no km 63, entre Tunas do Paraná e Cerro Azul, e funciona de terça a sexta-feira, das 9h às 17h (a última entrada na caverna ocorre às 14h30). Grupos acima de 15 pessoas devem agendar a visita com 20 dias de antecedência pelo telefone (41)3659-1428.
LAURÁCEAS – Maior Unidade de Conservação Estadual de Proteção Integral do Paraná, o Parque Estadual das Lauráceas preserva 32 mil hectares de Mata Atlântica. São áreas úmidas com ocorrência de florestas primárias, árvores de grande porte e importante diversidade de fauna e flora.
Inserido em uma região montanhosa e com vales profundos, a unidade de conservação abriga uma extensa rede hídrica, onde há também cavernas e formações calcárias associadas.
O local também garante a conservação de muitas espécies da fauna como a Jacutinga, Gavião-de-penacho, Papagaio-de-peito-roxo, Anta e Onça Parda.