Diversos aspectos referentes ao transporte coletivo de Curitiba foram debatidos pelos vereadores de Curitiba durante a sessão plenária desta segunda-feira (2). Entre os temas abordados estão os arrastões e as soluções para a falta de segurança dentro dos ônibus, além do início da operação do novo Ligeirão Santa Cândida/Praça do Japão.
Na tribuna, Thiago Ferro vestiu uma máscara do Homem Aranha para criticar o uso de câmeras de videomonitoramento nos ônibus, estações-tubo e terminais, mote de uma legislação municipal não aplicada (13.885/2011) e de um projeto de lei em tramitação, de Oscalino do Povo (Pode). “Todo mundo sabe que basta uma máscara, um boné, um chapéu, que as câmeras perdem o sentido”, disse, ao se referir ao roubo a um Interbairros IV, na noite desse domingo (1º).
“Infelizmente no final de semana de Páscoa aconteceu o 24º arrastão no transporte público de Curitiba. Mais uma vez os curitibanos foram vítimas de insegurança no transporte público da capital”, complementou. O vereador defendeu que seja debatido em plenário o projeto de lei de sua iniciativa que prevê gratuidade nos ônibus a policiais militares a paisana. Um substitutivo ao texto (031.00069.2017), assinado por Rogerio Campos (PSC) e Tico Kuzma (Pros), amplia a gratuidade aos guardas municipais sem farda, no deslocamento ao trabalho ou no retorno após o expediente.
"Precisamos propor um transporte mais seguro. Tivemos uma audiência pública e numa enquete [elaborada pela] Comunicação da Casa o apontamento número um foi a polícia à paisana nos ônibus. É uma responsabilidade da Câmara Municipal", continuou Ferro. O vereador ainda disse estar com dificuldade para obter "alguns dados da Urbs" sobre o tema.
Para Julieta Reis (DEM), que discursou após Thiago Ferro, “infelizmente a situação da segurança no Brasil está precisando de um Superman, do Homem Aranha”. “É impossível termos um guarda [municipal] em cada ônibus, em cada esquina da cidade, ao lado de cada pessoa”, afirmou. A vereadora continuou que o problema atingiu “níveis estratosféricos”, e classificou a situação do Rio de Janeiro como "caótica". Ela ainda citou os projetos de ajuste fiscal aprovados em 2017 para defender que a prefeitura agora tem liquidez e a certidão para buscar “financiamentos externos” para grandes obras.
Foto: Chico Camargo/CMC