A Justiça do Paraná atendeu ao pedido de anulação de paternidade feito por Rafael (nome fictício), filho de Cristian Cravinhos, condenado pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen. O jovem, que já havia conseguido a retirada do sobrenome na Justiça em 2009, alegou sentir “vergonha” do pai e afirmou ter enfrentado preconceito por conta do crime. O caso agora será analisado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que julgará um recurso de Cristian na próxima terça-feira (18).
Rafael, que tinha apenas 3 anos na época do assassinato ocorrido em outubro de 2002, argumentou que foi abandonado pelo pai, o que motivou a decisão favorável da Justiça paranaense. No entanto, seu pedido para que a anulação também levasse em conta a repercussão do crime em sua vida não foi aceito.
Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos de prisão por participação no assassinato dos pais de Suzane, crime cometido ao lado de seu irmão, Daniel Cravinhos. Atualmente, ele cumpre pena no Complexo Penitenciário de Tremembé, no interior de São Paulo, e aguarda decisão sobre a progressão ao regime aberto.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) se manifestou contra a mudança de regime, destacando um laudo psicológico que aponta traços de “rigidez emocional e controle excessivo” em Cristian. O parecer do promotor Gustavo José Pedroza Silva cita ainda que o condenado apresenta dificuldades em lidar com emoções de forma espontânea.
O recurso no STJ será analisado pela ministra Nancy Andrighi e julgado pela Terceira Turma a partir das 14h do dia 18 de fevereiro. O caso segue sob sigilo judicial.







