Estadão Conteúdo
Dois ônibus que transportavam parte da equipe do petista foram atingidos por armas de fogo na noite desta terça-feira, 27. Um dos veículos era ocupado por jornalistas de blogs e sites independentes, que fazem a comunicação da caravana de Lula pela região Sul do País, e repórteres estrangeiros. Ao menos um alemão e um argentino estavam a bordo.
De acordo com a Secretaria de Segurança, um inquérito policial já foi aberto para apurar o caso e o laudo pericial do ônibus deve ficar pronto nos próximos dias.
A Sesp afirmou que não houve nenhum pedido formal de escolta para a caravana ou para o ex-presidente e que sequer tem conhecimento do "paradeiro" de Lula. A pasta reafirmou que a Polícia Militar do Estado reforçou o policiamento nos locais indicados pela caravana, mas ressaltou também que parte do cronograma que fora informado previamente às autoridades paranaenses foi alterado durante a passagem de Lula.
Após o incidente desta terça, petistas acusaram as autoridades da área de segurança, tanto federais como estaduais, de omissão em relação aos atos de violência contra a caravana registrados ao longo destes oito dias.
O deputado federal Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, disse ter telefonado para o ministro da defesa, Raul Jungmann, para cobrar providências. Segundo ele, Jungmann foi alertado desde o inicio da caravana, dos primeiros episódios de violência, sobre os riscos, assim como as autoridades dos três Estados por onde a caravana passou.
O ministro classificou como "inaceitável" o episódio no Paraná e afirmou que a Polícia Federal não irá investigar o caso dos tiros porque o crime não foi federal e cabe às autoridades estaduais atuar.
Nesta quarta-feira, 28, haverá ato programado em Curitiba, que marcará o encerramento da caravana. O deputado federal e presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) também passará pela capital paranaense.