A madrasta de uma menina de três anos que morreu afogada ao cair em uma máquina de lavar roupas em Cascavel, no oeste do Paraná, foi denunciada pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por homicídio qualificado. O crime, ocorrido no dia 7 de maio de 2022, tramita agora na 1ª Vara Criminal da cidade, após a denúncia ser aceita pelo Judiciário.
Segundo a denúncia apresentada pela 17ª Promotoria de Justiça de Cascavel, a acusada teria colocado a criança em um banco de plástico em frente à máquina de lavar, que estava cheia de água e continha brinquedos da vítima, colocados ali pela própria denunciada. A mulher teria deixado a menina sozinha no local, o que resultou na queda da criança no interior do eletrodoméstico, levando ao afogamento. O laudo apontou que a causa da morte foi asfixia mecânica interna.
As investigações concluíram que o crime teria sido motivado por ciúmes e um sentimento de posse em relação ao pai da criança. A madrasta acreditava que a proximidade do companheiro com a ex-esposa, mãe da menina, prejudicava a relação dos dois. O Ministério Público destacou como agravantes o motivo torpe, o emprego de asfixia e o contexto de violência doméstica e familiar.
A acusação afirma que a denunciada estava plenamente consciente do risco que suas ações representavam e assumiu a possibilidade do desfecho trágico. O caso segue em andamento e chama atenção para a gravidade da violência doméstica e os impactos devastadores em famílias.
