A polícia do Rio Grande do Sul investiga Deise Moura dos Anjos, apontada como a principal suspeita de um triplo homicídio com bolo envenenado ocorrido em dezembro de 2024, em Torres. Deise está presa desde o dia 5 de janeiro de 2025 e agora também é investigada pela morte de seu pai, ocorrida em 2020, possivelmente pelo mesmo método.
José Lori da Silveira Moura, pai de Deise, morreu aos 67 anos em 2020, e a causa oficial do óbito foi registrada como cirrose. No entanto, as autoridades suspeitam que ele tenha sido envenenado com doses graduais de arsênio administradas ao longo do tempo. O corpo será exumado para confirmar essa hipótese.
A investigação contra Deise ganhou força após a morte de três pessoas de sua família em dezembro do ano passado. Na ocasião, Zeli dos Anjos, sogra de Deise, preparou um bolo para uma confraternização familiar. A farinha usada na receita estava contaminada com arsênio, levando à morte de Neuza Denize Silva dos Anjos, Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva. Outras três pessoas também consumiram o bolo, mas sobreviveram após receber atendimento médico.
A polícia constatou que o arsênio havia sido adquirido por Deise pela internet em quatro ocasiões nos últimos meses de 2024. Além disso, outro caso de envenenamento já havia sido identificado: em setembro do mesmo ano, Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise, faleceu por intoxicação alimentar. Segundo as investigações, Deise e seu marido teriam levado leite em pó envenenado à casa da vítima antes de sua morte. A suspeita ainda teria tentado convencer os familiares a cremar o corpo.
Com as evidências, as autoridades realizaram a exumação do corpo de Paulo Luiz no dia 8 de janeiro de 2025, confirmando a presença de arsênio. A conclusão inicial descarta a hipótese de contaminação alimentar comum e reforça as acusações contra Deise. Ela responde agora por triplo homicídio qualificado e tripla tentativa de homicídio, com novas investigações em andamento sobre o suposto envenenamento do pai.