O Paraná enfrenta uma semana marcada por temperaturas extremamente altas, que podem atingir até 40ºC em algumas regiões do estado. O fenômeno, conhecido como bolha de calor, é resultado de áreas de alta pressão que criam uma espécie de cúpula, aprisionando o ar quente próximo ao solo e impedindo sua dissipação. Esse evento meteorológico, que terá seu centro entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil, provoca um aquecimento intenso e persistente, especialmente em regiões como o Oeste e o Norte paranaense.
Conforme o Simepar, cidades como Guaíra e Paranavaí devem registrar 34ºC na terça-feira (14), enquanto Foz do Iguaçu atinge a mesma temperatura na quarta-feira (15). Na quinta-feira (16), Paranavaí pode alcançar 36ºC, intensificando ainda mais o calor. A partir desse dia, há risco de tempestades isoladas, com previsão de chuva forte, vendavais e granizo em diversas localidades do estado.
Em Curitiba, a situação será diferente. A capital deve registrar máximas de até 24ºC, um contraste com o clima escaldante de outras regiões. Ainda assim, é importante que os moradores fiquem atentos a possíveis mudanças meteorológicas.
O que é uma bolha de calor?
Uma bolha de calor, também chamada de domo ou cúpula de calor, ocorre quando uma área de alta pressão se instala sobre uma região, comprimindo o ar no solo. Esse processo físico aquece a coluna de ar e impede a formação de nuvens, potencializando o aquecimento causado pela incidência solar. O fenômeno, que pode durar dias ou semanas, desvia sistemas meteorológicos como frentes frias, mantendo o clima seco e extremamente quente.
No caso atual, a bolha de calor está localizada entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil, afetando o Paraná e outras áreas do país. A combinação do ar quente aprisionado, céu limpo e o ângulo elevado do sol intensifica o aquecimento do solo, elevando as temperaturas a níveis extremos.